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Vacinação contra a Covid em idosos pode exigir remédios prévios para garantir imunidade, aponta estudo

04/08/2020

Um artigo publicado na última quinta-feira (16) na revista Science indica que uma futura vacina contra a Covid-19 pode exigir terapias complementares entre os idosos para garantir a eficácia do tratamento.
Segundo os autores, a inflamação decorrente do envelhecimento, combinada com um sistema imunológico idoso, pode inibir a imunidade e a resposta natural do corpo à infecção por Sars-Cov-2, nome científico do coronavírus.
"A maioria das vacinas não funciona muito bem em idosos. Nosso trabalho sugere que o bloqueio da inflamação pode melhorar as respostas às vacinas nos mais velhos. Um caminho a seguir é bloquear a inflamação por um curto período antes da vacinação nestes indivíduos", afirma Arne Akbar, coordenador da Divisão de Infecção e Imunidade da University College London (UCL) e principal autor do estudo em entrevista ao G1.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 160 vacinas estão sendo estudadas contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Entre elas, está a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em testes no Brasil. A pesquisa é uma das mais avançadas no mundo, e está na última etapa de testes em humanos. Expectativa é conseguir registro emergencial, que leva ao menos 12 meses, até junho de 2021.
Caso as pesquisas encontrem uma vacina eficaz, e a imunização seja aplicada em toda a população, Akbar afirma que isso já ajudará a manter idosos protegidos. "Se a vacinação funcionar em jovens, ela reduzirá o risco de espalhar a doença para os idosos, o que já é um benefício da imunização", afirma.
Caso as pesquisas encontrem uma vacina eficaz, e a imunização seja aplicada em toda a população, Akbar afirma que isso já ajudará a manter idosos protegidos. "Se a vacinação funcionar em jovens, ela reduzirá o risco de espalhar a doença para os idosos, o que já é um benefício da imunização", afirma.
O artigo de Akbar, assinado ao lado de Derek Gilroy, chefe do Centro de Farmacologia Clínica da UCL, descreve como o processo de inflamação das células agrava os casos de Covid-19 em idosos e aumenta os riscos de mortalidade.
Akbar afirma que tratamentos com antirretrovirais combinados com anti-inflamatórios poderão contribuir para diminuir a gravidade dos casos de Covid em idosos.
"Se a inflamação é um grande problema em pacientes idosos com Covid-19, o tratamento com medicamentos anti-inflamatórios pode ser uma boa maneira de combater a gravidade da doença. Isso é apoiado pela observação de que o esteroide anti-inflamatório acelera a recuperação de pacientes graves. A questão que permanece é se outras drogas inflamatórias também podem ser usadas no estágio inicial da doença para impedir o desenvolvimento de inflamações", afirma.
Paulo Villas Boas, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Comissão Científica de Geriatria, explica que nem todos os idosos desenvolvem um processo inflamatório nas células.
"Por isso vemos alguns centenários se recuperando de Covid. Por que eles sobrevivem e tem pacientes mais jovens que morrem? Porque estes centenários não desenvolveram o processo inflamatório nas células, enquanto jovens com doenças como diabetes e obesidade, têm inflamação mais acentuada", explica.

Fonte: G1

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