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Mercado brasileiro tem primeiro carro híbrido plug in flex

02/12/2025

Durante a COP30, a BYD do Brasil inaugurou sua nova concessionária em Belém, no Pará, sede da Conferência do Clima da ONU. O espaço dispõe de um showroom com mais de 700m² e marca não apenas o fortalecimento da presença da marca na Região Norte, com a aposta estratégica na Amazônia como palco da mobilidade limpa e da inovação. Durante a inauguração da loja, o destaque foi o BYD Song Pro, o primeiro híbrido flex plug in desenvolvido no Brasil.
O modelo combina tecnologia elétrica com o combustível 100% nacional. Criado para o mercado interno, o veículo foi um dos carros oficiais da COP30. Mais do que isso, é uma opção que dispensa o uso de combustíveis fósseis para um mercado que ainda não tem uma estrutura de carregamento elétrico robusta. No caso de não haver um ponto de recarga elétrica, é possível optar pelo abastecimento com etanol.
Em 2024, o movimento Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) divulgou os resultados do estudo ‘Trajetórias Tecnológicas mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade’. O debate em torno da descarbonização do transporte no Brasil passa por uma discussão complexa sobre as etapas do ciclo de vida dos veículos consideradas na apuração das emissões de carbono. A metodologia adotada no Brasil, denominada de ‘poço à roda’, considera as emissões de CO2 na produção dos combustíveis e no uso do veículo nas ruas.
Já a literatura internacional especializada recomenda a medida de emissões no ciclo de vida completo dos veículos compreendendo, além do seu uso, todas as etapas de produção e de suas partes e peças, incluindo as etapas de extração e beneficiamento de minérios; a produção dos combustíveis e o descarte apropriado dos veículos e baterias, resultando em uma medida chamada de ‘berço ao túmulo’.
O estudo traz em suas simulações, as medidas do ‘poço à roda’ e as emissões com base no ciclo do ‘berço ao túmulo, incorporando as etapas de produção, conforme figura abaixo. Sob esta última perspectiva, mais ampla, os veículos híbridos surgem como uma solução ambientalmente favorável, quando alimentados exclusivamente com etanol.
É importante ressaltar que para este cenário, além da adoção de veículos híbridos é necessário que os veículos híbridos oferecidos ao mercado brasileiro tenham motores flex (que podem ser abastecidos com gasolina e etanol) e que o consumidor passe a optar pelo etanol em 100% dos casos.
O levantamento partiu de três diferentes cenários para a eletrificação da frota veicular brasileira: o status quo (cenário de controle), onde não há mudanças estruturais na configuração atual dos carros, e outros dois cenários em que há uma convergência para o padrão global de eletrificação, um com ênfase nos veículos híbridos (HEV) e outro cenário com a prevalência dos veículos elétricos puros (BEV). Apesar de trazer um impacto importante, a mudança de modais não foi incluída nos possíveis cenários.
As emissões dos veículos leves correspondem a 48,25% do total de 189.840.717,56 toneladas de CO₂ equivalente contabilizadas em 2023 pelo setor de transporte brasileiro, de acordo com o Inventário CNT de Emissões de Gases do Efeito Estufa do Setor de Transporte, elaborado pela Ambipar. O documento detalha o volume total de emissões por modal – rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário – e inaugura uma nova fase de planejamento rumo à descarbonização do setor.
Conduzida pelo próprio setor privado, a iniciativa representa um avanço significativo na agenda climática, oferecendo um diagnóstico inédito que reposiciona o transporte brasileiro nos esforços ambientais nacionais e internacionais. Desenvolvido a partir de metodologias globalmente reconhecidas e acreditadas, como o GHG Protocol (Protocolo de Gases do Efeito Estufa) e o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima), da ONU (Organização das Nações Unidas), o Inventário contou com a colaboração de 36 entidades do setor, que forneceram dados primários por modo de transporte.
O Inventário revela a predominância das emissões do modo rodoviário (92,89%) em função de sua relevância na matriz de transporte nacional, sendo responsável por 65% da movimentação de cargas e por mais de 90% da movimentação de passageiros. Nessa modalidade, os veículos leves – automóveis, motocicletas e comerciais leves – aparecem como os maiores emissores, seguidos pelos veículos pesados, como caminhões, ônibus e microônibus.
O levantamento destaca ainda o importante papel estratégico do transporte coletivo por sua eficiência energética e menor emissão por passageiro, como uma das principais soluções para a descarbonização e o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis.
“A BYD acredita em um Brasil que se move com energia limpa, tecnologia e propósito. Só em Belém, foram mais de 830 veículos BYD emplacados em 2025. Na Região Norte, alcançamos 4.643 unidades, representando 55,1% do mercado eletrificado, o que reafirma que a mobilidade elétrica deixou de ser uma promessa e já é realidade para o brasileiro”, afirma Alexandre Baldy, vice-presidente Sênior e head de Comercial e Marketing da BYD no Brasil.
Com a nova unidade em Belém, a BYD acelera a expansão da rede de concessionárias no Brasil, com o objetivo de alcançar 250 lojas nos próximos meses. A empresa afirma ainda que, com mais de 14 milhões de veículos em circulação em todo o mundo, já evitou a emissão de mais de 100 milhões de toneladas de CO², “consolidando-se como líder mundial na transição energética e referência em inovação automotiva sustentável”.

Fonte: CicloVivo

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