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Índia vai subsidiar energia solar para 10 milhões de famílias

18/04/2024

Garantir energia limpa para uma população de cerca de mais de 1,4 bilhão de pessoas é um desafio gigantesco. E a Índia, além de ser o país mais populoso do mundo, também enfrenta outros problemas: o rendimento médio dos cidadãos e uma burocracia interminável para quem quer instalar painéis solares.
Estas são algumas das razões pelas quais, apesar do sol forte durante a maior parte do ano, a Índia não conseguir cumprir suas metas de instalações de painéis fotovoltaicos em telhados. Em 2022, a geração de energia solar nos telhados da Índia atingiu o máximo de 11 gigawatts, ou seja, 29 gigawatts abaixo de uma meta nacional estabelecida há uma década.
Para mudar este cenário, o governo anunciou uma mega programa de incentivo à energia solar chamado PM-Surya Ghar que vai fornecer eletricidade a 10 milhões de residências. Com investimentos que ultrapassam 750 bilhões de rúpias indianas, ou US$ 9 bilhões, painéis solares de 2 quilowatts receberão subsídios de até 60% dos custos de instalação, índice que cai para 40% na instalação de painéis de 3 quilowatts ou mais.
Os empréstimos fixados em taxas de juros de cerca de 7% e uma plataforma nacional para agilizar o processo de instalação e pagamento, as famílias indianas poderão finalmente contar com a eletricidade gerada pelo sol em suas casas.
Sem o programa, quem decidisse instalar painéis solares enfrentava uma maratona burocrática de aprovações em várias agências que chegava a incluir até 21 assinaturas diferentes. O valor médio de instalação era outro grande obstáculo, já que podia ultrapassar os US$ 5 mil, mais da metade da renda média anual de um trabalhador urbano indiano.
“Tivemos que obter 45 assinaturas para estabelecer uma pequena conexão solar em telhados em 2021”, disse Shreya Mishra, CEO da Solar Square, com sede em Mumbai, uma das maiores empresas solares em telhados da Índia. “Hoje é quase instantâneo.”
Nos últimos anos a Índia aumentou consideravelmente a energia de fontes renováveis, sendo hoje o quarto país neste ranking, ficando atrás apenas da China, dos EUA e do Brasil. Com 180 gigawatts, as fontes de energia renovável do país são suficientes para abastecer cerca de 18 milhões de residências, sendo quase metade proveniente de energia solar.
Mas a maior parte dessa energia solar vem fazendas solares e menos de 15% de painéis solares em telhados, um recurso fundamental para levar energia a áreas remotas, onde pode ser instalada de forma barata e evitar o custo de transmissão de energia por longas distâncias.
As instalações aumentaram um pouco desde que o governo lançou um portal nacional de energia solar para telhados em 2022, que os consumidores podem usar para reivindicar e direcionar subsídios governamentais diretamente para suas contas bancárias, dizem especialistas e empresas de energia solar para telhados.
Com o programa aprovado em fevereiro, o governo indiano espera fornecer 30 gigawatts-hora de energia solar ao estoque do país
Os indianos que já possuem painéis solares nos seus telhados fazem uma boa publicidade da instalação, principalmente pela redução nas tarifas de eletricidade. “É um pouco caro, mas vale totalmente a pena”, disse Ruchika Chahana, que mora no bairro nobre de Grande Kailash, em Nova Délhi. Chahana instalou energia solar no telhado da sua casa há nove meses, a um custo de quase US$ 5mil e diz que as contas caíram para cerca de US$ 50 dólares por mês. Além disso, a família está muito feliz em “fazer algo para salvar o planeta”.
Em Bengaluru, Satish Mallya considerou a energia solar nos telhados essencial tanto para poupar dinheiro como para evitar emissões de carbono. Ele assumiu a liderança na instalação de 65 quilowatts de energia solar no topo do complexo de apartamentos de 120 unidades onde vive, e os custos de eletricidade do edifício caíram U$S 700 por mês.

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