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Paraná testa composto japonês que transforma lodo em fertilizante

30/04/2024

A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) usará um composto produzido no Japão para transformar lodo de esgoto em fertilizante organomineral. O material é desenvolvido pela empresa Kyowa Kako, que firmou um acordo de cooperação técnica com o estado do Paraná em 2023.
Foram enviadas 60 toneladas do composto a serem testadas na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém, em Curitiba, durante 24 meses. Segundo o governo do Paraná, a empresa possui uma tecnologia mais sustentável para processos de tratamento de resíduos orgânicos, sendo referência no Japão.
A tecnologia em questão é realizada a partir da compostagem aeróbica com bactérias hipertermófilas. “O processo patenteado pela empresa japonesa faz a decomposição biológica acelerada de resíduos orgânicos em condições controladas, com o uso de microrganismos ativadores. Esse método possibilita que se alcance patamares térmicos capazes de higienizar o lodo sem a aplicação de produtos químicos. Outra vantagem é a redução significativa do tempo de tratamento do lodo”, explica a Sanepar.
Com o acordo firmado entre as companhias, não há repasse de recursos entre as partes. A Sanepar cede a estrutura, enquanto a empresa japonesa atua com a tecnologia para o desenvolvimento de uma pesquisa conjunta.
A Kyowa Kako atua no Japão e nas Filipinas realizando a compostagem de qualquer tipo de resíduo de origem orgânica, entre eles: agrícolas, efluentes e chorume de aterros sanitários.
O uso agrícola de lodo do esgoto já é uma realidade consolidada. A própria Sanepar distribuiu gratuitamente aos agricultores 23 mil toneladas de lodo em 2022. Com isso, a empresa deixa de destinar esse material para aterros sanitários e gera economia no bolso dos agricultores, que evitam o gasto com fertilizantes.
“Há mais de duas décadas, a Sanepar desenvolve o programa Uso Agrícola do Lodo que destina o material a agricultores para ser utilizado como adubo orgânico, com ganhos de produtividade. Avançamos para o processo de secagem térmica do lodo e agora estamos na rota do biofertilizante. Essa cooperação técnica com o Japão é mais um passo nesse processo”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.
​​Os principais nutrientes do lodo são nitrogênio, fósforo, enxofre, importantes para o desenvolvimento das plantas. O material ainda auxilia na correção do pH do solo e fornece cálcio e magnésio devido a aplicação de cal no processo de higienização do lodo.
Segundo a Agência Estadual de Notícias do Paraná, a aplicação de lodo é permitida em todas as culturas agrícolas que não tenham contato direto com o material, como soja, milho, trigo, café, aveia, café, laranja, limão e florestais. Já as hortaliças, pastagens, culturas inundadas e tubérculos estão entre os cultivos que não podem receber o lodo.

Fonte: CicloVivo

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