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Crise da água no Rio é resultado de décadas de descaso com bacia hidrográfica, diz engenheira química

16/01/2020

Estava pronta para trazer aos leitores algumas observações sobre um bom livro que recebi, em que há excelentes reflexões sobre a saúde humana à luz da cronobiologia, um dos princípios ayurveda, um conhecimento médico indiano milenar. Mas uma mensagem no meu telefone acabou trazendo a necessidade de voltar ao tema da água no Rio de Janeiro. Afinal, o mote continua sendo o mesmo, a saúde.
Não posso deixar de dividir com vocês a preocupação de uma especialista, a engenheira química e mestre em engenharia urbana e ambiental Cristina Mendonça. Ela leu meu texto anterior, em que exponho pensamentos sobre a condição da água que bebemos, compartilha a minha decisão de comprar água mineral e decidiu me contar sua perplexidade ao abrir o site da Vigilância Sanitária e perceber a quantidade de “pontos insatisfatórios”, na avaliação microbiológica da água servida na cidade:
“Água potável não deveria ter pontos classificados como insatisfatórios. E há vários. Eu, como cidadã, desconhecia isto. Será que fizeram outras amostragens depois dessas? É preciso checar isto”, disse ela.
Cristina utilizou o canal 1746, da Prefeitura, para tirar essas dúvidas e recebeu a notícia de que vai obter as respostas daqui a 21 dias. No site do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade de Água para Consumo Humano (Sisagua), ela também deu todos os dados pedidos e recebeu uma mensagem dizendo que o gestor vai analisar se ela poderá ter acesso ou não aos dados que já estão ali: “Deveria ser uma coisa de fácil acesso!”.
“O que estou percebendo entre ontem à noite (14) e hoje é que prevalece a tendência de achar um bode expiatório”, disse ela, referindo-se à exoneração do chefe da Estação de Tratamento de Água do Guandu, determinada pelo governador Witzel e informada à população pelo twitter depois que ele chegou de viagem de férias a Orlando.
Uma das providências anunciada pela Cedae foi a aplicação de carvão ativado, na semana que vem, como forma de tratar a água. O presidente da Cedae, Helio Cabral, anunciou isto quando falou à imprensa hoje (15), treze dias após o início da crise. Perguntei a Cristina Mendonça se esta pode ser uma solução ao problema:
“Não sei, não tenho uma resposta agora para você sobre isto. A Cedae informa que esta Geosmina é produzida por algas, mas em algumas reportagens já li sobre a presença de cianobactérias, que pode produzir geosmina. A questão é que as cianobactérias podem produzir também cianotoxinas, que são tóxicas ao ser humano. Há vários trabalhos científicos que mostram o tratamento disso. Estamos herdando décadas de descaso e degradação da bacia hidrográfica mas o desmonte do corpo técnico, neste atual governo, aprofunda isto”, disse Cristina Mendonça.

A matéria completa pode ser lida no G1

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