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Óleo no Nordeste: pesquisadores da Fiocruz pedem estado de emergência em saúde pública

12/11/2019

Um grupo de pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Nordeste está pedindo ao governo que decrete uma “situação de emergência em saúde pública” em função da contaminação pelo óleo no litoral, mas a direção nacional da entidade resiste a levar adiante a demanda.
A sugestão foi tornada pública no dia 27 de outubro, em uma carta aberta assinada por pesquisadores do Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho (Lasat), do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz de Pernambuco), mas a direção da fundação no Rio afirma que a declaração “não é institucional” e que saiu de um grupo de pesquisadores que “não refletem a visão da Fiocruz”.
O documento, que circula pela internet em canais extraoficiais, afirma que “se recomenda fortemente à população não fazer o uso recreativo das praias afetadas e nem consumir pescados e mariscos das praias (e regiões próximas) atingidas pelos resíduos de óleo”. A carta faz menção à portaria 2.952 do Ministério da Saúde de 2011, que prevê o decreto de “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”, em “situação de desastre”.
Caso a situação emergencial fosse oficializada, seria possível disponibilizar o acesso a “materiais ou recursos financeiros complementares” e efetuar “contratação temporária de profissionais”. A portaria ainda prevê a convocação da Força Nacional do SUS , um programa de cooperação para atuar em situações de exceção.
Procurados pelo Globo, médicos do Instituto Aggeu Magalhães não falaram sobre a carta, mas manifestaram preocupação grave sobre a capacidade de o sistema de saúde presente no Nordeste lidar com o derramamento de óleo.
— O risco é enorme — diz Idê Gurgel, médica do Aggeu. — Eu não recomendo a ninguém entrar na água, caminhar na praia, comer peixe ou marisco nem ser voluntário de limpeza sem nenhum tipo de proteção.
Segundo a pesquisadora, editais para projetos de pesquisa estão permitindo aos cientistas da região desencadear projetos que ajudem a monitorar a gravidade da situação para as populações litorâneas e orientar trabalhadores de saúde.
- Pescadores e marisqueiras estão tirando com a unha o óleo e estão correndo sérios riscos, porque estão expostos a produtos extremamente tóxicos, particularmente os hidrocarbonetos aromáticos como o benzeno — diz Gurgel.

A matéria completa pode ser lida em O Globo

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