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´Fogo é um agente de rápida destruição da floresta´, diz especialista em recuperação de áreas degradadas

22/08/2019

O dia virou noite em São Paulo na segunda-feira (19) por causa de uma condição das mais inóspitas, com a chegada de uma frente fria e as queimadas na Amazônia. A situação é crítica. Prefiro, neste texto, deixar de fora as querelas políticas que levam o presidente Bolsonaro a creditar a ONGs e governadores os atos criminosos, e pensar em como se pode fazer para restaurar os cerca de 52 milhões de hectares no Brasil que já estão degradados, não só pelo fogo como por técnicas agressivas como uso de agrotóxico, gado, maquinária.
Conversei ontem, por telefone, com Noni Bazarian, dona do Sítio Amaranto, produtora agroflorestal, bióloga, doutora em Ecologia da Restauração de Florestas Tropicais, e concluí que a tarefa é possível, mas muito difícil. Primeiro tem que tirar os fatores agressivos do solo e, depois, tem que respeitar o tempo de a natureza fazer seu trabalho e se recompor. Mas nossa cultura do lucro imediato é e será contra isso. Estendi a conversa com Noni porque ela também se dedica a plantar produtos orgânicos (inclusive plantas medicinais) e acredita que a elitização que se criou em volta desse tipo de produção, pelos valores altos que são cobrados em feiras e pequenas lojinhas na cidade, pode ser revertida. Reproduzo abaixo nossa conversa na íntegra:

Qual o processo para se restaurar uma floresta?
Noni Bazarian
- A natureza se regenera através da sucessão natural, que nada mais é do que a substituição de espécies de maneira bem organizada. Existe uma substituição cronológica, em que cada planta prepara o terreno para o próximo grupo de plantas. De qualquer forma, penso que o homem nunca vai conseguir reverter uma floresta como foi um dia.

Então, o que é possível fazer?
Noni Bazarian
- É possível preparar as áreas degradadas intencionalmente e usar todo o conhecimento que já temos para acelerar o processo que já existe de forma natural. Esta seria uma maneira de trabalhar com a natureza.

A entrevista completa pode ser lida no G1

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