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Inea avalia região afetada por vazamento de óleo para saber quais espécies foram atingidas

11/12/2018

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ainda não conseguiu mensurar a dimensão da área contaminada pelo óleo que vazou de um duto da Transpetro, neste fim de semana, em decorrência do furto de petróleo . Porém, o material atingiu uma área de mangue em Magé e Duque de Caxias, municípios da Baixada Fluminense. Considerado suscetível, o manguezal tem uma biodiversidade muito preciosa e é justamente por isso que a preocupação de ambientalistas aumenta.
O presidente do Inea, Marcos Lima, participou de uma inspeção no local na tarde desta segunda-feira e considerou grave o acidente, independentemente da quantidade de óleo vazado.
— O volume, por menor que seja, causa um dano grande por estar próximo da área de mangue. Já presenciamos acidentes de proporções maiores, mas, certamente, este pode ser considerado grave — disse ele, que já identificou caranguejos mortos, coberto pelo óleo. — É possível que nos próximos dias apareça peixes mortos, porque as condições da água vão piorando — completou.
Os 60 mil litros de óleo atingiram o Rio Estrela, que desemboca na Baía de Guanabara, e é usado como limite entre os municípios de Duque de Caxias e Magé. Segundo Lima, as equipes de fauna e flora avaliam toda a situação e em até três dias terão a conclusão de quais espécies foram atingidas. São esses fatores que determinarão, inclusive, o valor da multa aplicada à Transpetro.
O óleo, ele afirma, não atingiu a Ilha de Paquetá, outro receio dos pescadores. O secretário-executivo do Instituto Ondazul, André Esteves, também fez, na tarde desta segunda, uma visita técnica à área de mangue da Praia de Mauá, em Magé, e constatou que algumas partes do manguezal já sofrem a ação do óleo
— Encontrei muitos caranguejos com dificuldade de se movimentar, estão tomados pelo óleo e sem condições de sobreviver. Os procedimentos de contenção emergenciais podem evitar problemas maiores, mas o dano já está causado. Há uma dificuldade muito grande de revitalização dos mangues. O vazamento afeta diretamente a fauna e a flora — lamentou ele, que coordenou um projeto de revitalização daquela mesma região após o derramamento de óleo na Baía de Guanabara no ano 2000.
Além dos danos ambientais, Esteves ressalta ainda os prejuízos aos pescadores. Essa é uma época, explica ele, de desova e desenvolvimento de novos caranguejos.
— Não é a maior fase, mas é grande. O clima contribui para isso. Os pescadores estão aflitos porque não sabem quanto tempo vai levar para que retomem a pesca. Sem contar o desprezo dos consumidores que ficam com medo de comprar — concluiu ele, que na próxima quarta-feira fará a apresentação de um plano de manejado preparado ao longo do último ano.
A presidente da colônia de pescadores, Elaine Cristina Ferreira, lamentou o ocorrido.

Leia a matéria em O Globo

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