13/11/2018
O hábito de tomar chá verde faz parte de uma longa tradição nos países asiáticos, como a China e o Japão. Já no inicio do século IX, conta-se que a cultura do chá foi introduzida no Japão por monges budistas, que trouxeram da China algumas sementes. Contudo, mais do que revelar a cultura gastronômica de povos orientais, o consumo da bebida quente, feita a partir da infusão da planta Camellia sinensis, vem sendo associado a diversos benefícios à saúde. Um projeto de pesquisa desenvolvido no Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (INU/Uerj), sob a coordenação da nutricionista e professora Danielly Ferraz da Costa, investiga o potencial de ação do chá verde no combate a células cancerosas. O estudo conta com apoio da FAPERJ por meio do programa Cientista do Nosso Estado, no qual a professora foi uma das contempladas.
No Laboratório para Estudos de Interações entre Nutrição e Genética (LEING/IN/Uerj), ela testa, em células de câncer de mama humana, o efeito antitumoral do chá verde. A pesquisa conta com a participação da doutoranda Ronimara Santos, que vem se dedicando ao tema desde a realização do seu mestrado em Alimentação, Nutrição e Saúde na Uerj, iniciado em 2016. Nos testes, que tiveram início naquele ano, foram utilizadas duas linhagens celulares de câncer de mama: a MCF-7, representativa de um tumor menos agressivo, e a MDA-MB-231, um tipo mais invasivo e metastático. “Os resultados preliminares demonstram que o chá verde tem capacidade de reduzir a viabilidade e a capacidade migratória de ambas as células estudadas, sem causar efeito tóxico em células não tumorais, o que faz dele um promissor agente antitumoral”, resumiu Danielly, que também é membro do Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Procuramos entender se o chá poderia afetar a viabilidade dessas células tumorais, ou seja, se ele poderia promover morte celular. Vimos que o extrato do chá verde obtido aqui mesmo no laboratório, em condições semelhantes ao do preparo da bebida pelos consumidores, foi capaz de reduzir a viabilidade dessas linhagens em cultura na ordem de 50%, considerando uma concentração de 133 ug/mL (microgramas por mL), para a linhagem MDA-MB-231, e de 324ug/mL, para a linhagem MCF-7”, explicou Ronimara. “O chá verde combateu as células tumorais, sendo inclusive mais efetivo para aquelas com o perfil mais agressivo. Ele reduziu a proliferação e a quantidade de células vivas”, completou Danielly.
Saiba mais no site da Faperj
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