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Planejar o uso da terra para evitar desastres ambientais

26/09/2017

Com predominância do clima tropical semiúmido, a região norte fluminense, assim como todo o restante do estado, apresenta altos índices pluviométricos. Em especial no verão, é comum o volume de precipitação ser tão intenso a ponto de provocar catástrofes, como deslizamentos de encostas e inundação de rios, que podem causar inúmeros prejuízos sociais e econômicos, principalmente, nos espaços mais urbanizados. Para o geógrafo Raul Reis Amorim, professor do mestrado em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), campus de Campos de Goytacazes, e do Departamento de Geografia da Universidade de Campinas (Unicamp), as tragédias decorrentes das chuvas fortes ocorrem quase sempre em razão de uma ocupação indevida de regiões que apresentam características físicas que favorecem o deslocamento de solo e de água. A solução ideal seria realocar toda a população que mora em áreas de risco – uma medida que, invariavelmente e por razões diversas, encontra resistência por parte dos moradores dessas áreas.
Em busca de soluções e ferramentas que possam contribuir para enfrentar essas adversidades provocadas pelo clima, Amorim está à frente de um grupo de pesquisa que propõe o mapeamento geomorfológico do norte fluminense, incluindo a descrição dos diferentes geossistemas da região. Ele explica que um geossistema “corresponde a uma unidade físico-natural em que os diversos componentes naturais, como relevo, clima, solos e a vida, interagem de acordo com as características geográficas e particulares daquela localidade”. O objetivo é fornecer dados detalhados sobre as paisagens naturais, bem como sobre a interação do homem com a natureza, de modo a subsidiar ações de planejamento no uso e ocupação de terras e na gestão ambiental por parte do poder público e da iniciativa privada. “Conhecer os aspectos naturais de uma determinada área, como solo, cobertura vegetal e rede de drenagem, orienta as atividades antrópicas na apropriação desses espaços, uma vez que já está claro que a interferência humana pode alterar o equilíbrio entre entrada e saída de matéria e energia de um geossistema”, diz o pesquisador.
De acordo com Amorim, o estudo geomorfológico da região permite saber, por exemplo, que é da natureza do rio Muriaé – que nasce em Miraí (MG) e encontra o rio Paraíba do Sul nas proximidades de Campos – transbordar quando há muita precipitação, o que faz inundar a região em seu entorno, já que as diferentes formas de uso e ocupação de terras naquela área dificultam o escoamento da água. “De posse dessas informações, podemos pensar em um plano de ação emergencial para minimizar os danos causados pelas inundações, já que não é viável remover toda a população que mora nessas áreas”, avalia o geógrafo. Ele conta que, com dados e verbas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o governo do estado está tomando algumas medidas, como a construção de barragens em determinados pontos do rio, para conter o grande volume de água em época de chuvas fortes.

Leia a matéria completa no site da Faperj

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