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Falta de verbas paralisa projetos de saneamento básico no Recreio e nas Vargens

20/07/2017

Um dos problemas mais antigos do Recreio não tem prazo para ter uma solução definitiva. No fim de junho, em audiência pública na Câmara Municipal, a Cedae admitiu que a falta de verbas faz com que os projetos maiores de saneamento básico, já aprovados para a região, fiquem sem perspectiva de saírem do papel em breve. Com o esvaziamento dos cofres do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), decorrente principalmente da queda dos royalties, a companhia vem tentando financiar suas obras com recursos próprios. Outra consequência da crise é a demora para realizar a limpeza das gigogas nos canais do bairro. Na mesma audiência, a Rio Águas afirmou que as ações são altamente custosas e pouco eficientes, por não resolverem a questão a médio e longo prazos. Uma das possibilidades, então, seria o programa Rios Cariocas, da Secretaria de Conservação e Meio Ambiente, já anunciado como substituto do Guardiões dos Rios, mas que ainda não foi oficialmente lançado.
As dificuldades enfrentadas pelo estado, e pela Cedae, paralisam três grandes projetos para o Recreio e as Vargens: as obras de rede de esgoto na subzona 17, que custariam R$ 52 milhões; o esgotamento no trecho da Avenida Gilka Machado entre a orla e o Canal das Taxas, com custo de R$ 25 milhões; e obras de elevatórias nas Vargens, que custariam R$ 535 milhões. Todos esses projetos já foram estudados e aprovados, mas não começaram a ser executados. Enquanto a crise não passa, tanto Cedae quanto Rio Águas dizem que o caminho é não parar de executar pequenas intervenções, mas providenciais, como desobstruções de galerias e melhorias das estações elevatórias. A continuidade dessas ações foi um pedido dos próprios moradores presentes na audiência, e do presidente da Comissão de Saneamento Básico da Câmara, vereador Carlo Caiado.
Um dos trabalhos que vêm trazendo frutos é a força-tarefa criada em 2015, com membros da sociedade civil e unindo Cedae e secretarias estaduais e municipais. Desde então, o grupo vistoriou e corrigiu diversas ligações clandestinas que causavam despejo de esgoto no Canal das Taxas, e lutou pela compra de bombas reservas que foram equipadas nas estações elevatórias do Recreio.
Antonio Melo, membro da força-tarefa e presidente do Movimento de Despoluição do Canal das Taxas, lembra que a demanda continua, mesmo que não haja dinheiro para investimentos.
— Se não há verbas para os grandes projetos, devemos continuar com as pequenas intervenções — opina.
Um dos locais que aguardam há tempos por obras é a Comunidade Chico Mendes, que fica no trecho que seria atendido pela Cedae com o projeto de esgotamento da Gilka Machado, entre a orla e o Canal das Taxas. O problema ainda atinge duas outras pequenas comunidades vizinhas: Papo Amarelo e Jardim Recreio.
Moradora da Comunidade Chico Mendes, Luzinete Inocêncio diz que só há, no local, uma única rede para água e esgoto. O resultado é o alagamento constante em dias de chuva.
— Quando chove, fica um metro de água na rua; as pessoas não conseguem sair para trabalhar ou para ir para escola — conta.
Segundo Luzinete, na Comunidade Chico Mendes ao menos há uma rede de esgoto, mas não para água. Já nas comunidades vizinhas, nem isso:
— Por isso é preciso haver um projeto para as três comunidades. Em tese, a responsabilidade é da prefeitura. Mas quando chamamos, a Cedae vem resolver a desobstrução das galerias.

A matéria pode ser lida em O Globo

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