
17/12/2025
A última orca que vivia em cativeiro na América do Sul morreu no último domingo (14) no aquário Mundo Marino, na Argentina. Segundo a instituição, a causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória.
Kshamenk, como era chamado, estava em um tanque desde 1992, após encalhar em uma praia e ser resgatado quando tinha aproximadamente três anos de idade. Desde 2000, com o falecimento de outro animal com o qual dividia o recinto, passou a viver sozinho e ficou conhecido como a "orca mais solitária do mundo".
Em comunicado, o aquário afirmou que ele recebeu atenção veterinária ao longo da vida. "Sem possibilidades de ser reintroduzido e seguindo a recomendação de especialistas internacionais e autoridades nacionais, a equipe do Mundo Marino se encarregou de sua reabilitação e cuidado durante mais de 33 anos. Graças a esses cuidados, viveu acima da expectativa de vida média de uma orca macho na natureza."
A ONG UrgentSeas, que acompanhava o caso, lamentou o falecimento. "Estamos com o coração partido ao saber da trágica morte de Kshamenk antes que ele pudesse ser libertado daqueles tanques e condições terríveis. Ele merecia algo melhor. Que descanse em paz", afirmou o ativista Phil Demers, diretor da organização.
Um abaixo-assinado registrado em 2024 no site change.org reuniu 43,2 mil assinaturas para pedir a soltura do animal. O aquário disse que o retorno de Kshamenk ao meio ambiente colocaria sua vida em risco.
"As orcas são animais altamente sociais que vivem em grupos complexos e dependem de seu grupo para caçar, se alimentar e se proteger. Adaptar Kshamenk (um animal idoso que já havia superado sua expectativa de vida) a esta dinâmica teria sido impossível, já que sua sobrevivência dependeria tanto de sua aceitação por parte de um novo grupo de orcas quanto de sua capacidade de caçar de forma independente, ambas altamente improváveis", declarou.
O Mundo Marino afirmou ainda que não existem santuários ou reservas ambientais com a capacidade necessária para cuidar de uma orca.
"O mais importante sempre é avaliar o bem-estar e as características do animal em questão. A respeito disso, todos os especialistas que avaliavam o estado de saúde física e mental de Kshamenk rejeitavam a possibilidade de uma transferência, já que teria colocado em sério risco seu bem-estar e sua vida."
Fonte: Folha de S. Paulo
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