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Lago natural em casa? Paisagistas explicam como é possível

27/11/2025

Ter um lago natural em casa significa combinar estética a um refúgio de paz e frescor. Afinal, quem não gosta do movimento calmo da água e da interação com diferentes espécies aquáticas e vegetais que transformam qualquer quintal? Para quem vive em apartamentos, o recurso paisagístico pode ser um sonho distante, mas quem tem uma casa pode sim instalar um lago natural em uma área residencial, ainda que não esteja em uma grande propriedade. Confira abaixo as dicas de profissionais.
Segundo os paisagistas Cleber e Arthur Depieri, sócios do escritório Depieri Paisagismo, é totalmente viável integrar um lago natural a imóveis de diferentes tamanhos, desde amplos terrenos até áreas compactas. Antes da execução, porém, o planejamento é fundamental.
“Antes de iniciar o projeto, é necessário avaliar o tamanho do terreno, insolação, tipo de solo, desníveis e drenagem. Também é importante planejar a integração com a arquitetura e o paisagismo, garantindo que o lago possa se encaixar naturalmente ao contexto do espaço, assim como ao gosto dos clientes”, comenta Cleber.
Saiba então as diferenças entre lago natural, espelho d’água e piscina de praia; as espécies indicadas para os lagos e quais os cuidados de manutenção.
Os profissionais explicam que há diversos formatos e finalidades de lagos e estruturas molhadas em áreas residenciais, entre eles, os lagos naturais (também chamados de piscinas naturais) – que representam um verdadeiro ecossistema; os espelhos d’água – que são puramente decorativos / ornamentais, e as piscinas com visual de praia – para quem aprecia um clima mais praiano em casa. “A diferença entre eles não fica restrita somente ao visual, mas também na forma de tratamento da água”, esclarece Arthur.
Seguindo esse raciocínio, a dupla revela que no lago natural, a água é mantida limpa por uma combinação de filtragem biológica com plantas, peixes e micro-organismos vivos, pela circulação contínua promovida por bombas discretas e a oxigenação natural – sem o uso de cloro ou produtos químicos. “Isso permite criar um ambiente natural, com vegetações aquáticas e peixes, onde a pessoa tem o prazer de nadar junto com as espécies, vivendo uma experiência única. Exatamente por isso, têm aumentado a procura por lagos nesse formato”, enfatizam.
Diferentemente dos lagos naturais, os espelhos d’água e as piscinas com visual de praia, em sua maioria, dependem do uso de produtos químicos para manutenção e não comportam fauna e flora de forma plena. Ainda assim, têm forte apelo estético e contribuem para embelezar o ambiente.
Engana-se quem pensa que os lagos são exclusivos de terrenos grandes. Cleber afirma que, mesmo em áreas menores, é possível criar minilagos ou espelhos d’água naturais compactos, perfeitamente adaptados a pequenos jardins ou varandas. “O segredo está em dimensionar bem o sistema biológico e escolher espécies adequadas à escala do espaço”, destaca.
No trabalho executado por Cleber e Arthur Depieri, o lago normalmente é pensado como um elemento de composição, dialogando com volumes de vegetação, caminhos e materiais. “Buscamos sempre que ele pareça nascer naturalmente no local, valorizando a arquitetura e reforçando a identidade do projeto”, resume Arthur.
Entre as espécies indicadas para as áreas de lagos estão Nenúfares ou Lírios d’água (Nymphaea spp), Papiros (Cyperus papyrus), Sombrinhas Chinesas (Cyperus alternifolius), Aguapés ou Jacintos de água (Eichhornia crassipes), Alfaces-d’água (Pistia stratiotes), Lírios-do-brejo (Hedychium coronarium) e Taboas (Typha dominguensis) – excelentes opções, pois filtram naturalmente a água e criam um visual exuberante.
Já para o entorno do lago são bem-vindas espécies tropicais de folhagens e palmeiras, que suavizam as bordas e criam uma transição natural entre o lago e o jardim. Além, é claro, das espécies nativas de cada região, que se adaptam melhor ao clima local, demandam menos manutenção e favorecem a preservação da fauna regional.
Quando executada de forma satisfatória, a maioria dos lagos naturais não necessita de grandes manutenções, mas para isso é necessário contar com máquinas bem dimensionadas (com medidas, capacidades e potências adequadas), além de monitorar se o ecossistema está funcionando de maneira correta, afinal a natureza também faz a sua parte.
Consideradas o “filtro natural do lago”, as plantas aquáticas absorvem o excesso de nutrientes, reduzem a proliferação de algas, produzem oxigênio, criam um ambiente saudável, além de um visual límpido.
Sendo assim, Cleber indica que “a única manutenção sugerida é, de tempos em tempos, a troca da areia dos fundos do lago e a limpeza de algumas pedras que tenham ficado mais sujas”.
Com relação ao bem-estar dos peixes, mais uma vez os paisagistas reiteram a importância de um lago bem planejado e um equilíbrio biológico. “As carpas, por exemplo, exigem níveis ideais de oxigenação, profundidade e filtragem para se desenvolverem com saúde”, comentam. Isso vale também para outras espécies, respeitando sempre as particularidades de cada uma delas.
Com base em tudo isso, os especialistas alertam que a água turva e o desequilíbrio biológico são sinais de falhas no planejamento técnico ou na execução — como a escolha inadequada de espécies ou o dimensionamento incorreto do sistema de filtragem. Esses erros podem resultar em manutenção frequente, custos elevados e muita dor de cabeça. Por isso, o ideal é contar com profissionais especializados, que compreendam não apenas as etapas de projeto e execução, mas também a dinâmica de vida das plantas e dos peixes que compõem o ecossistema do lago.

Fonte: CicloVivo

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