04/02/2025
Diz o dito popular que pássaro preso em gaiola não canta, lamenta. De fato, pensar que um animal que tem asas para voar pode passar toda uma vida mantido em cativeiro é algo bem longe do natural – apesar de bastante comum no Brasil. Mais de 37 milhões de aves são criadas em domicílios brasileiros, segundo o relatório Crueldade à Venda, da organização Proteção Animal Mundial. Denunciando a crueldade contra os animais presos e ao mesmo tempo fazendo uma ode à liberdade, o artista Eduardo Srur criou a obra “Voo dos Pássaros” usando mais de mil gaiolas.
As gaiolas usadas por Srur foram apreendidas em operações contra o tráfico de animais silvestres pela Polícia Federal. Matéria-prima não falta: o Brasil é responsável pelo tráfico de 38 milhões de animais silvestres por ano, segundo dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
A obra “Voo dos Pássaros” forma o desenho de uma árvore, sendo composta por um tronco central metálico com “galhos” – tudo embalado com gaiolas. Desta forma, reforça o lembrete: “a verdadeira morada dos pássaros é a árvore, e não a gaiola do homem”.
Desenvolvido em meio à pandemia, o trabalho artístico buscou traçar um paralelo em como pode ser cruel viver em lockdown para sempre. “Se a pandemia nos mostrou como é difícil estarmos confinados, por que tratamos os animais desta forma? Vida Livre!”, clama Eduardo Srur. “Manter a vida selvagem aprisionada é como proibir o artista de criar a sua obra. Chega de animais em jaulas, aquários e gaiolas!”, afirma o artista em um manifesto, onde estende sua crítica aos zoológicos e as variadas formas de entretenimento a partir de animais.
“Voo dos Pássaros” integrou três intervenções urbanas de grande escala que foram espalhadas por parques públicos da capital paulista. A obra esteve exposta no Parque do Povo e neste momento se encontra no Parque Bambuí, em Campos do Jordão, de forma permanente.
Fonte: CicloVivo
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