07/11/2024
No Brasil cerca de 7,0 bilhões de m³ – o equivalente a quase 7.636 piscinas olímpicas de água tratada – são desperdiçadas diariamente durante a distribuição, segundo dados do Trata Brasil. É difícil calcular individualmente quantos litros de água potável vão para o ralo dentro das residências, mas um desperdício óbvio é não aproveitar a água que cai do céu. Sobretudo para quem mora em casa, é possível realizar a captação e armazenamento por meio de sistemas simples de reaproveitamento de águas da chuva.
O reaproveitamento do recurso natural é tão importante que o Brasil aprovou recentemente a Lei nº 14.546, que obriga a União a adotar medidas para prevenir o desperdício de água e estimular o reúso, de águas das chuvas e das águas cinzas, em novas construções e nas atividades paisagísticas, agrícolas, florestais e industriais.
A fim de contribuir para a ampliação dessa prática sustentável, a rede de materiais de construção do Grupo Soares, a Irmãos Soares, orienta os consumidores quanto às opções de sistemas de reaproveitamento de água das chuvas.
“Muitos consumidores desconhecem que há opções mais simples de sistemas que podem ser incluídos na casa, usando apenas calhas, encanamento, reservatório e mangueiras, com custos bem acessíveis, que podem variar de acordo com o tamanho da casa e a altura do pé direito”, explica a arquiteta Barbara Gomes, da rede de lojas de materiais de construção Irmãos Soares.
De acordo com a arquiteta, é possível que o próprio morador adquira os materiais necessários e faça a implantação na residência, especialmente para uso mais imediato e para lavagem de carro, limpeza ou manutenção das plantas. “O reservatório pode ser simples. A água é captada dos telhados, via calhas, e direcionada para um reservatório, através de tubulação. Uma mangueira é conectada e já pode ser feito o aproveitamento”, explica.
Segundo levantamento de Bárbara, o Kit Mini Cisterna de 240 litros, com filtros; mais dois metros de canos de PVC com 200mm para conexão e a mangueira elástica de 15 metros, custam uma média de R$ 557. Um custo adicional seria o da instalação das calhas, caso a pessoa não tenha esse item já instalado em casa.
Para quem deseja armazenar a água por mais tempo, a sugestão é investir em um filtro para remoção de impurezas; ter um reservatório subterrâneo ou cisterna, uma bomba para direcionamento do líquido para uma caixa d’água específica, geralmente acima da casa, de onde será feito o direcionamento para os locais de uso.
A arquiteta lembra que, com a implantação de um sistema de reaproveitamento, as famílias podem fazer a sua parte para ajudar o meio ambiente e ter alternativas para o abastecimento doméstico em períodos de estiagem. “A economia pode chegar até a metade da conta de água”, destaca ela.
Veja as dicas da arquiteta Bárbara Gomes para acertar na implantação do sistema no CicloVivo
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