05/11/2024
O filhote de elefante-marinho-do-sul que nasceu em Santa Catarina deixou o local onde permaneceu desde as primeiras horas de vida e foi para outra praia de Garopaba, no Sul do estado, informou o projeto APA da Baleia Franca. A mãe dele seguiu o próprio rumo e o deixou sozinho, como é o costume da espécie. Na quinta-feira (31), os dois não estavam mais na área e o local para onde o jovem mamífero seguiu não foi divulgado.
O bebê foi o primeiro elefante-marinho de que se tem registro a nascer no Brasil, segundo o Instituto Australis, que integra o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Ele e a mãe estavam na praia do Siriú. Enquanto o filhote estiver em Santa Catarina, ele será monitorado por órgãos ambientais.
Ele nasceu em 11 de outubro. Durante o tempo em que a mãe dele estava com ele, o filhote foi amamentado. Ela o deixou na madrugada desta quinta rumo à Argentina.
Agora o filhote deve ficar pela região por um a três meses. Nesse período, ele vai aprender a nadar e se alimentar sozinho, até estar pronto para seguir viagem rumo à Patagônia Argentina, uma viagem de cerca de 3 mil quilômetros, destacou a bióloga Karina Groch, diretora de pesquisa do Projeto. A região, no extremo sul do continente é a colônia reprodutiva mais próxima da costa brasileira.
“Se o filhote continuar aqui pela região, é possível que ele volte a aparecer em praias bastante movimentadas. Então é fundamental que a população entenda a importância de deixar esse filhote tranquilo porque os momentos em que ele estiver em terra são momentos em que ele vai precisar descansar”, detalhou.
De acordo com o projeto, o filhote ganhou peso e está apto a continuar sozinho. Como os biólogos não fizeram uma inspeção tocando no animal, as medidas dele são estimadas.
A bióloga Karina Groch disse que os filhotes da espécie nascem com 45 quilos. Ela acredita que ele pode ter dobrado de peso ou até pesar um pouco mais do que isso.
Em relação ao comprimento do filhote, o projeto acredita que ele tenha crescido 13 centímetros em 10 dias e tenha atingido 1,60 metro no dia 23. As estimativas são feitas com imagens de drone.
De acordo com Leandro Ciotti, analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o comportamento do filhote está próximo ao natural "apesar de não ter nascido em uma colônia reprodutiva, onde normalmente os animais, após as mães partirem, ficam nas praias ganhando força, musculatura, aprendendo a nadar".
O tempo que o bebê passou com a mãe foi importante, segundo ele. "Neste caso, como o filhote está sozinho, o fato de ele ter acompanhado a mãe nestas incursões ao mar nos últimos dias, já foi um aprendizado".
Uma equipe com mais de 50 pessoas, entre voluntários e pesquisadores do projeto de monitoramento de praias, acompanha o filhote de perto.
A espécie tem nome científico Mirounga leonina. Ele passa boa parte da sua vida no mar aberto ao redor do continente antártico, conforme o projeto.
Estudos mostram que os animais que vêm para Santa Catarina são de colônias na Argentina. A maior população da espécie encontra-se nas ilhas Geórgia do Sul, que é um conjunto de ilhas ao Sul do Atlântico. As colônias reprodutivas mais próximas da costa brasileira estão na Península Valdés, na Argentina.
A espécie se alimenta de peixes e lulas. Quando se encontram em terra, costumam jogar areia úmida, terra ou seixos úmidos em suas costas ajuda na regulação da temperatura em dias quentes.
A espécie pode chegar a 6 metros e 5 toneladas. Os filhotes, ao nascerem, medem cerca de 1,30 metro e pesam aproximadamente 40 quilos.
Fonte: g1
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