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Tragédia em Mariana: governo do ES vai usar recursos de acordo bilionário para duplicar BR-262, construir ponte, hospital e recuperar meio ambiente

24/10/2024

O governado do Espírito Santo, Renato Casagrande, informou nesta terça-feira (22) que parte dos recursos que serão pagos como indenização pelos danos causados pelo desastre do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, serão usados para várias obras no estado, como duplicação da BR-262, construção de hospital e uma terceira ponte em Colatina, na região Noroeste. O governador informou que estado deve receber R$ 18 bilhões.
Além disso, os recursos também serão destinados ao pagamento de indenização de pessoas que foram atingidas pela lama e ações de recuperação do meio ambiente, como áreas de mata e rios. No estado, 11 cidades foram afetadas pelo desastre.
O governador acredita que o acordo feito com as mineradoras deve ser assinado até esta sexta-feira (25), ou nos próximos dias, no Brasil. O julgamento sobre o processo das vítimas ainda continua em Londres, na Inglaterra.
Em entrevista ao Bom Dia ES, nesta terça-feira (22), Casagrande informou que estado deve receber R$ 18 bilhões ao todo, em parcelas pagas durante 20 anos. O governador também destacou que o dinheiro vai ser usado na duplicação da BR-262, construção de hospital, ponte, saneamento básico, indenização para as famílias, recomposição de florestas e novos projetos.
Procuradas pelo g1, as empresas Vale, Samarco, e BHP, responsáveis pelo acordo, não confirmaram a data citada por Casagrande. Confira o posicionamento das mineradoras na íntegrano final da reportagem.
Em setembro este ano, Casagrande já tinha anunciado que a expectativa para assinar o acordo de um total de R$ 100 bilhões era até o final deste ano.
O acordo para reparar os danos é discutido no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), onde as mineradoras Vale, Samarco e BHP negociam com os governos federal, capixaba e mineiro.
"Faltam detalhes para fechar o entendimento entre as empresas e os governos do Espírito Santo, Minas Gerais, Governo Federal, Ministério Público e Defensoria. Isso tudo já foi de alguma maneira negociado. Caberá ao Espírito Santo certamente entre R$ 15 a 18 bilhões. Está tudo apontando para que seja assinado para o próximo dia 25, sexta-feira mas ainda não bateu o martelo do dia. Se não for na sexta, será na semana que vem. Mas não é um recurso que eu possa usar de qualquer maneira", comentou o governador.

A reportagem na íntegra pode ser lida no g1

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