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Empresas têm papel fundamental no meio ambiente

17/10/2024

Em meio ao cenário desolador de mais de dois meses de incêndios, o governo federal anunciou a criação da Autoridade Climática. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministério do Meio Ambiente, com Marina Silva à frente, divulgaram também a criação de um comitê técnico-científico para apoiar e articular ações de combate às mudanças climáticas.
Segundo Lula, o objetivo é estabelecer condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir do Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos. A proposta consiste em adotar uma abordagem que vá além da gestão de desastres.
O Brasil enfrenta sua pior estiagem em 75 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Os desafios para enfrentar o novo cenário do clima são enormes, e é animador ver o governo empenhado em discutir e buscar soluções — ainda que tardias — diante das mudanças.
Qualquer medida para conter o avanço do fogo que se alastra por nossos biomas, além dos danos provocados por uma das maiores queimadas das últimas décadas, é bem-vinda. Mas não podemos atuar apenas nas emergências. As ações para preservar o meio ambiente devem ser permanentes, e é urgente colocá-las em prática.
Um estudo da organização não governamental WWF-Brasil mostra que, entre janeiro e junho deste ano, o Pantanal e o Cerrado, dois dos principais biomas do país, registraram a maior quantidade de focos de incêndios desde 1998. No período, foram identificados mais de 3.200 focos no Pantanal, um salto de 2.134% na comparação com 2023. No Cerrado, o número de incêndios cresceu 32% na base anual, para quase 12,1 mil registros. De julho até então, esses números explodiram. Temos acompanhado de perto o combate às chamas com equipes trabalhando incessantemente nas áreas onde estão os focos, apoiando entidades públicas e empresas privadas.
Importante lembrar que mais da metade da produção agropecuária brasileira está concentrada no Cerrado, que abrange 11 estados. Isso acende um sinal vermelho econômico e social, uma vez que a produção de alimentos tende a se tornar ainda mais desafiadora com o clima mais seco, mais quente e com a redução de área agricultável.
A conta por não termos agido de forma contundente nas últimas décadas chegou e está bem alta. Os eventos climáticos extremos resultam em impactos econômicos bilionários, como as enchentes no Rio Grande do Sul neste ano e as queimadas.
A crise climática tende a limitar o desenvolvimento do Brasil, e temos um desafio simultâneo: adaptar nossa economia a essas mudanças. Nesse sentido, a Autoridade Climática é ainda mais relevante, porque será um órgão que deverá atentar não apenas para a redução de emissões de gás carbônico (CO2), compromisso que o Brasil firmou no Acordo de Paris, como também olhar para essa adaptação econômica
Os impactos ambientais, econômicos e sociais só reforçam a urgência que o governo federal deve ter para implementar políticas públicas e tratar o meio ambiente como pauta de Estado. Entretanto a agenda ambiental não é tarefa apenas do governo. Visto que os riscos diante das mudanças climáticas são sistêmicos, as empresas têm papel fundamental na execução de ações. Economicamente, as corporações perdem muito diante da crise do clima. Por isso é importante que elas estejam unidas, seja no apoio ao projeto da Autoridade Climática, seja num plano organizado, de adaptação, ou no apoio a soluções climáticas, como o controle de emissões de CO2.
Esperamos que a Autoridade Climática seja permanente e tenha uma governança coordenada e participativa, envolvendo governos de todas as esferas, empresas, academia e sociedade civil. Tratar de mudança climática é urgente.

Fonte: O Globo

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