08/10/2024
A Suíça e a Itália tiveram que ajustar sua fronteira sob o monte Matterhorn à medida que as mudanças climáticas nos Alpes estão derretendo as geleiras que historicamente marcaram o limite entre os dois países.
"Seções significativas da fronteira são definidas pela linha divisória das águas ou pelas cristas dos glaciares ou neves perpétuas", disse o governo suíço em um comunicado no último dia 27. "Essas formações estão mudando devido ao derretimento das geleiras".
A Europa é o continente que mais está aquecendo no mundo, e o impacto está sendo visto de forma mais dramática em áreas como os Alpes, onde as geleiras perderam 10% de seu volume nos últimos dois anos, de acordo com o serviço meteorológico europeu Copernicus.
Os glaciares perderão metade de seu gelo até 2050, mesmo se o aquecimento global ficar abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, de acordo com um estudo publicado no periódico científico da União Europeia de Geociências.
À medida que as geleiras encolhem, as rotas usadas nas montanhas mudam e, no pior cenário, o gelo pode desabar repentinamente. Em julho de 2022, um dia após temperaturas de dois dígitos serem registradas no cume da Marmolada, na cadeira das Dolomitas, na Itália, um bloco de gelo se soltou do glaciar da montanha e matou 11 alpinistas.
A área afetada pelas mudanças na fronteira é a do famoso resort de esqui de Zermatt, onde montanhistas e esquiadores podem cruzar livremente entre a Suíça e o vale italiano de Valtournenche. Os dois países concordaram em adaptar a fronteira em torno dos marcos de Testa Grigia, Plateau Rosa, Rifugio Carrel e Gobba di Rollin com base em seus interesses econômicos.
A Suíça já aprovou o tratado de ajuste de fronteira, enquanto a Itália ainda precisa assinar oficialmente as mudanças.
O resort de Zermatt, nos arredores do pico do Matterhorn, atrai centenas de milhares de turistas a cada temporada, com mais da metade dos hóspedes vindos do exterior.
Fonte: Folha de S. Paulo
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