03/10/2024
Nas últimas semanas, milhares de pessoas visitaram o Zoológico Aberto Khao Kheow, na Tailândia.
Em um fim de semana recente, cerca de 20 mil pessoas visitaram o local para observar um mamífero de dois meses de idade comendo e brincando, segundo o jornal The Independent.
Os visitantes foram até lá para ver uma importante celebridade, que atraiu a atenção internacional nas redes sociais e inspirou uma série de tutoriais de beleza, com suas bochechas rosadas.
Esta sensação viral é Moo Deng —uma fêmea de hipopótamo-pigmeu nascida em julho, conhecida pela sua estatura minúscula e pela sua fofura desconcertante.
Moo Deng pertence a uma espécie furtiva e vulnerável chamada Choeropsis liberiensis, nativa do oeste africano. E, enquanto ela ganha fama, seus parentes na natureza se tornam cada vez mais raros com a redução do seu habitat.
Os hipopótamos-pigmeus são a menor espécie de hipopótamo do mundo. Eles estão listados como animais em risco de extinção na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
No mais recente levantamento global sobre a espécie, em 2015, havia menos de 2,5 mil indivíduos adultos vivos na natureza.
Eles são considerados extintos na Nigéria, um dos países do oeste africano onde, um dia, já foram endêmicos. Mas pequenas populações ainda existem na Libéria, Costa do Marfim, Guiné e Serra Leoa.
No seu habitat natural, os hipopótamos-pigmeus vivem em terra, em áreas florestais ao longo dos rios, córregos e pântanos, para manter sua pele úmida. Eles se alimentam principalmente de grama, folhas, brotos e frutos, à noite e perto do nascer e do pôr do Sol.
Estes carismáticos animais, há muito tempo, fazem parte da cultura e do folclore do oeste africano.
Uma lenda liberiana conta que os animais encontram seu caminho através da floresta à noite, carregando diamantes na boca para iluminar o caminho.
E uma história contada na Costa do Marfim garante que qualquer pessoa que olhar para a cauda de um hipopótamo-pigmeu e der risada ficará louco.
Mas, apesar do seu lugar na cultura local, os hipopótamos-pigmeus são enigmáticos e não foram estudados de forma tão intensiva quanto seus primos maiores. Eles são principalmente animais noturnos, reservados e relativamente solitários. Por isso, é difícil realizar pesquisas com eles nas florestas do oeste da África.
Devido à sua natureza reservada, os estudiosos só conseguem aprender sobre os hipopótamos-pigmeus com câmeras escondidas, rastreando pegadas e outros sinais, amostras de fezes e elaboração de modelos, para estimar seus números e explorar seus movimentos.
A organização sem fins lucrativos Fauna & Flora International e a Autoridade do Desenvolvimento Florestal da Libéria chegaram a usar tecnologia de DNA ambiental (eDNA) para procurar evidências das criaturas nas bacias fluviais do sudeste da Libéria —uma técnica que envolve a análise de DNA encontrado no seu habitat.
Os hipopótamos-pigmeus mantidos em cativeiro, como parte de programas de criação, também proporcionaram maior conhecimento científico sobre esses mamíferos.
Termine de ler esta reportagem acessando o Folha de S. Paulo
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