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Como a tecnologia de Drones e uso de IA pode acelerar o reflorestamento

26/09/2024

A tecnologia de drones para reflorestamento está transformando os esforços de recuperação ambiental, acelerando o plantio de espécies nativas em áreas degradadas e de difícil acesso. O uso de drones, combinado com inteligência artificial (IA), permite que as sementes sejam dispersas de forma precisa e rápida, otimizando o processo de reflorestamento e reduzindo custos. Iniciativas como as desenvolvidas no Rio de Janeiro e pela startup Morfo são exemplos claros do impacto positivo dessa tecnologia no combate à degradação ambiental.
O Rio de Janeiro, em parceria com a startup franco-brasileira Morfo, tem utilizado drones para reflorestar áreas estratégicas da cidade. O objetivo é semear espécies nativas em regiões de difícil acesso, onde métodos tradicionais seriam muito lentos ou inviáveis. Essa tecnologia inovadora, que já está sendo utilizada em diversos projetos pelo mundo, é capaz de dispersar até 180 cápsulas de sementes por minuto, tornando o processo 100 vezes mais rápido do que o realizado manualmente.
A cidade do Rio de Janeiro, famosa por sua biodiversidade e paisagens naturais, enfrenta desafios significativos para preservar suas florestas. Regiões de mata atlântica que estão sendo degradadas por expansão urbana e eventos climáticos adversos exigem soluções rápidas e eficazes para recuperação. A resposta para esse problema tem sido o uso de drones para reflorestamento, que estão transformando áreas de difícil acesso em novos ecossistemas.
Com a ajuda de drones equipados com inteligência artificial, a prefeitura do Rio tem acelerado o plantio de espécies nativas em locais onde seria quase impossível com métodos manuais. Antes de qualquer ação, as áreas são cuidadosamente analisadas por meio de imagens de satélite, drones e outras tecnologias de sensoriamento. Isso garante que apenas as regiões mais adequadas, com solo propício e necessidade de recuperação, recebam as sementes.
Após a análise, computadores controlados por IA determinam exatamente onde e quantas sementes devem ser plantadas. O uso dessa tecnologia avançada permite uma maior precisão na dispersão das sementes, garantindo que elas sejam plantadas nos locais corretos para maximizar as chances de crescimento.
A Morfo, a startup por trás dessa tecnologia inovadora, vem aplicando sua metodologia em diversas regiões do Brasil e do mundo, sempre com foco em restaurar ecossistemas críticos. Em um dos projetos mais recentes no Rio de Janeiro, a empresa está colaborando com a prefeitura para restaurar 100 hectares de mata atlântica, um dos biomas mais ameaçados do Brasil.
A grande vantagem do método da Morfo é sua rapidez. Um único drone da startup é capaz de cobrir entre 25 e 50 hectares de terreno por dia, dispersando cápsulas de sementes em alta velocidade. Isso significa que, em apenas alguns minutos, uma área enorme pode ser semeada, algo que levaria semanas ou meses com métodos tradicionais.
Além disso, o uso de drones elimina a necessidade de transporte de mudas, que requer um longo período de cultivo em viveiros. As sementes são encapsuladas em cápsulas nutritivas, o que acelera o processo de germinação e elimina a dependência de viveiros para a nutrição inicial das plantas. Essa abordagem não só economiza tempo, como também reduz os custos e o impacto ambiental associado ao transporte de mudas.
Um dos diferenciais da tecnologia de drones para reflorestamento da Morfo é o uso da inteligência artificial. A IA não apenas ajuda a selecionar as áreas mais adequadas para o plantio, como também é responsável por calcular as proporções exatas de sementes que devem ser plantadas em cada local. Isso inclui a escolha das espécies de acordo com o solo e o clima da região.
Por exemplo, em um projeto de reflorestamento, a IA pode determinar quais áreas devem receber plantas de crescimento rápido, que ajudariam a estabilizar o solo, e quais devem receber árvores de grande porte, que promoverão a formação de florestas maduras no futuro. Essa análise precisa é feita com base em dados obtidos por drones e imagens de satélite, o que torna o reflorestamento muito mais eficiente do que os métodos convencionais.
Outro benefício significativo da tecnologia de drones para reflorestamento é a redução de custos operacionais e de riscos para os trabalhadores. Em projetos tradicionais de reflorestamento, grandes equipes precisam ser mobilizadas para áreas remotas, o que aumenta os custos e os riscos de acidentes, especialmente em terrenos acidentados ou de difícil acesso.
Com os drones, duas pessoas são suficientes para controlar o equipamento e realizar o plantio, mesmo em regiões onde seria perigoso ou caro enviar equipes. Além disso, como o drone tem todo o plano de voo pré-determinado, o processo é extremamente seguro e eficiente. O uso dessa tecnologia reduz a necessidade de meses de trabalho em campo e minimiza os custos relacionados ao transporte e cultivo de mudas.
A economia pode chegar a 40% no custo total de um projeto de restauração ambiental, tornando essa tecnologia uma solução viável tanto para governos quanto para empresas privadas que buscam mitigar seus impactos ambientais.
O projeto no Rio de Janeiro é apenas um exemplo do sucesso da tecnologia de drones para reflorestamento. A Morfo já aplicou essa metodologia em vários projetos no Brasil e no exterior. Em uma mina de ouro na Guiana Francesa, a startup conseguiu aumentar a cobertura vegetal de uma área degradada de 0,3% para 74% em apenas três anos, utilizando drones e IA para planejar e executar o reflorestamento.
No Brasil, a parceria com a Hydro Paragominas no Pará permitiu a recuperação de 50 hectares de terra no bioma amazônico, enquanto um projeto em Minas Gerais visa restaurar 251 hectares de cerrado, um dos ecossistemas mais ricos e ameaçados do país.
Esses projetos demonstram o imenso potencial da tecnologia de drones para restaurar áreas devastadas por atividades humanas, como mineração e desmatamento, promovendo a recuperação da biodiversidade e a sustentabilidade a longo prazo.
À medida que a demanda por soluções sustentáveis cresce, a tecnologia de drones para reflorestamento se tornará cada vez mais crucial para a recuperação de áreas degradadas ao redor do mundo. O uso de drones e inteligência artificial permite que o reflorestamento seja realizado de forma rápida, segura e econômica, garantindo que áreas críticas sejam restauradas antes que os danos ambientais se tornem irreversíveis.
Além disso, o monitoramento contínuo com drones e satélites permite que os projetos sejam acompanhados em tempo real, garantindo que as metas de recuperação sejam atingidas. O sucesso de startups como a Morfo mostra que o uso de tecnologia avançada não só acelera o reflorestamento, como também torna o processo mais preciso e eficaz, contribuindo para um futuro mais sustentável.

Fonte: Florestal Brasil

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