24/09/2024
Um novo boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM), lançado no dia16 de setembro, quando é celebrado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, traz boas notícias: depois de haver sido intensamente danificada durante as décadas de 1970 e 1980, a camada de ozônio continua se recuperando bem.
“A eliminação gradual dos usos controlados de substâncias que destroem a camada de ozônio e outras reduções não apenas ajudaram a proteger a camada de ozônio para esta e as futuras gerações, mas também contribuíram significativamente para os esforços globais para lidar com as mudanças climáticas; além disso, protegeram a saúde humana e os ecossistemas ao limitar a radiação ultravioleta prejudicial de atingir a Terra”, disse António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Guterres ressaltou ainda que a camada de ozônio do planeta sobre a Antártida estava a caminho de uma recuperação total sob as políticas atuais, embora medidas de proteção adicionais fossem cruciais.
De acordo com Matt Tully, presidente do Grupo Consultivo Científico sobre Ozônio e Radiação Solar UV da OMM, o Programa de Observação da Atmosfera Global da organização da ONU fornece continuamente suporte essencial para o estudo científico e monitoramento da camada de ozônio por meio de observações, modelagem, análise, administração de dados e capacitação, disse o UN News.
“É essencial que as observações de ozônio, substâncias destruidoras de ozônio e radiação ultravioleta (UV) sejam mantidas com a qualidade, resolução e cobertura global necessárias para contabilizar as mudanças no ozônio nas próximas décadas”, disse Tully. “Muitos fatores influenciarão a recuperação esperada do ozônio, que deve ser totalmente medida e compreendida.”
O ozônio (O3) é o único gás que protege a Terra, filtrando as perigosas radiações solares ultravioletas do tipo B (UV-B). Para reforçar a importância de preservar a Camada de Ozônio, o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio foi criado para celebrar a Emnda de Kigali, um acordo internacional que levou ao fim da produção de substâncias nocivas à esta proteção natural do nosso planeta.
“A Emenda de Kigali do Protocolo, que foca na redução gradual de hidrofluorcarbonetos (HFCs) – gases poderosos que aquecem o clima – pode contribuir para o avanço dos esforços de mitigação climática, protegendo as pessoas e o planeta”, disse Guterres, conforme relatado pelo UN News. “E isso é mais necessário do que nunca.”
De acordo com o boletim da OMM, a camada de ozônio deve retornar aos níveis de 1980 por volta de 2040 na maior parte do planeta, 2045 no Ártico e 2066 na Antártida, disse a OMM.
O documento fornece ainda detalhes sobre estratégias para proteger humanos e o meio ambiente da radiação UV, ao mesmo tempo em que explora como os padrões climáticos e a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, no início de 2022, impactaram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida no ano passado.
O relatório afirma que “os valores totais de ozônio na coluna em 2023 estavam dentro da faixa observada em anos anteriores e em linha com as expectativas, devido ao início do declínio do cloro e do bromo, que destroem a camada de ozônio, na estratosfera”.
Embora as mudanças no buraco de ozônio explicadas no boletim sejam positivas, o relatório descobriu que eventos atmosféricos podem ter grandes impactos em como o buraco se desenvolve periodicamente. Ainda há algumas lacunas na compreensão dessas variáveis, e a OMM disse que os cientistas continuarão monitorando detalhadamente a camada de ozônio para interpretar quaisquer mudanças imprevistas.
Fonte: CicloVivo
Parque da Tijuca lança pista de mountain bike para crianças
21/11/2024
Desmatamento na Mata Atlântica cai 55% no primeiro semestre
21/11/2024
Maior peixe do mundo é flagrado por pesquisadores pela 1ª vez no mar do ES
21/11/2024
Recorde de queimadas no pantanal nos últimos anos ameaça espécie de cobra exclusiva do bioma
21/11/2024
Área queimada no Brasil de janeiro a outubro equivale ao território de Tocantins
21/11/2024
Máquina de ´dessalinização´ das águas é instalada no Arquipélago do Bailique, no AP
21/11/2024