17/09/2024
Presente no Brasil desde 2017, a Trinasolar está entre as fabricantes de painéis solares com maior participação no mercado brasileiro. A empresa chinesa subiu de 4º para 3º lugar em 2023. Com mais de duas mil patentes em tecnologia, a Trinasolar tem produzido módulos de alta eficiência dentro de um portfólio de produtos que também inclui rastreadores e baterias para armazenamento de energia.
Durante a Intersolar South America, feira e congresso da América Latina para o setor solar, realizado em agosto em São Paulo, apresentou novidades. Uma delas é o sistema de baterias (BESS) de grande escala Elementa 2, projetado com engenharia que agrega tecnologia de ponta e integra um sistema inteligente de resfriamento líquido e gerenciamento térmico avançado. Com 4,07MWh de capacidade de armazenamento e células de lítio de fabricação própria, o equipamento foi desenvolvido para maximizar a eficiência em diferentes ambientes. Ele também possui um sistema integrado de mitigação e supressão de incêndio, o que oferece maior segurança durante o uso.
Outra novidade é o Vanguard 1P, da Trina Tracker, divisão da Trinasolar especializada no desenvolvimento e fabricação de rastreadores solares. O produto possui eixo único, é equipado com módulos tipo 700W +N e integrado com o algoritmo de smart tracking (SuperTrack) e plataforma de monitoramento SmartCloud, que reduz os custos do sistema, e melhora significativamente a geração de energia e eficiência de operação e manutenção.
O sistema ainda tem proteção contra o vento, neve e granizo. A empresa ocupa a terceira posição em rastreadores na América Latina, tendo inclusive inaugurado uma fábrica na Bahia.
O CicloVivo conversou com Matheus D’Alécio Rodrigues, diretor de produtos, soluções e marketing da Trinasolar, que explicou que as novidades são atualizações de tecnologia, que abordam novas camadas na química embutida dentro da célula.
“É onde está o segredo das muitas patentes da Trina. É onde a gente trabalha. Com essa nova tecnologia, fruto de investimentos de P&D (Pesquisa e desenvolvimento), nós chegamos a eficiência de mais de 23% no nosso produto”, diz.
Os módulos fotovoltaicos com potência de até 720W, eficiência acima de 23%, são lançamentos da marca. São quatro novos módulos, sendo dois monofaciais e dois bifaciais com potências que variam de 500W a 720W. Os módulos possuem ainda tamanhos otimizados para cada tipo de instalação.
Segundo a marca, os equipamentos possuem também baixo coeficiente de temperatura (-0,29%) e estão apropriados para uso comercial, industrial , residencial, além de aplicações em solo. Os produtos integram a tecnologia TOPCon, que aumenta a eficiência e permite que o painel solar capture uma quantidade maior de energia por área.
Questiono se podemos imaginar um futuro mais eficiente também em termos de extração de materiais, uma vez que idealmente seriam necessários menos módulos para suprir demandas energéticas. O executivo concorda e ressalta que a própria fabricação dos módulos trilha o caminho do menor impacto ambiental. “Dentro da cadeia de produtos eficientes, comparando os equivalentes, nós temos produtos que são mais sustentáveis do que outros e processos de fabricação que são mais sustentáveis do que outros”, afirma. “A Trina está hoje na lista da Bloomberg das 50 mais sustentáveis do mundo na China e isso não é só de energia solar, são de todas as empresas”, completa.
A empresa assumiu o compromisso de utilizar processos sustentáveis e materiais sustentáveis. “Temos todo o ciclo de pegada de carbono dos nossos produtos. A gente consegue comprovar para os nossos clientes qual é o uso de carbono para se fabricar um módulo, em quanto tempo ele consegue fazer o ‘payback ambiental’”, garante Rodrigues.
A TrinaSolar recebeu vários prêmios e reconhecimentos em ESG e sustentabilidade, incluindo o Forbes China Top 50 Innovative Enterprises de 2023, o Bloomberg Green ESG 50 de 2023, etc. Além disso, a empresa aderiu ao Pacto Global das Nações Unidas, comprometendo-se a cumprir normas de sustentabilidade mais internacionais e mais elevadas.
Com tantos cuidados envolvidos, a Trina precisa ainda melhorar seu compromisso com a reciclagem, sobretudo em um contexto em que os preços dos painéis solares vêm caindo gradualmente. Rodrigues reconhece que, presente em vários países e seguindo as leis de cada um, não há um programa universal para lidar com o pós-consumo, de forma que o montante reciclado ainda é baixo.
Fonte: CicloVivo
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