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Ambientalistas protestam na sede do BB contra empréstimos concedidos a fazendeiros acusados de desmatamento

16/04/2024

Ativistas do Greenpeace Brasil promoveram nesta segunda-feira (15) um protesto em frente à sede do Banco do Brasil em Brasília e pediram a revisão dos contratos de concessão de crédito rural.
Segundo os ativistas, o objetivo da ação foi demonstrar as consequências da falta de controle adequado na concessão desses recursos.
A entidade diz que brechas e falhas na fiscalização têm permitido a liberação do dinheiro a propriedades rurais acusadas de desmatamento da Amazônia – algumas localizadas dentro de terras indígenas. O Banco do Brasil é o maior operador desses recursos no bioma.
A instituição contesta e afirma que a política de crédito do banco observa critérios socioambientais.
“[A gente pede] que o banco revise imediatamente as operações de crédito rural e cancele ou suspenda aquelas em que foram encontradas irregularidades socioambientais. Que faça monitoramento contínuo, pois muitas vezes o dano ambiental ocorre depois que o crédito foi concedido”, afirmou a porta-voz do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti.
O levantamento sobre o financiamento de propriedades acusadas de irregularidades socioambientais integra um relatório do Greenpeace Brasil divulgado na semana passada chamado “Bancando a Extinção; Bancos e investidores como sócios no desmatamento”.
Segundo a entidade, de 2018 a 2022, cerca de 800 fazendas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) receberam crédito rural.
“Esperamos que o banco aumente o rigor das suas regras para concessão de créditos, para que o dinheiro não chegue em áreas problemáticas”, destacou Cristiane.
Cerca de 30 ativistas compareceram à sede do banco na manhã desta segunda-feira para protestar contra a liberação irregular dos créditos rurais.
Eles tentaram erguer um cenário que mostrava uma floresta desmatada, mas foram impedidos pelos seguranças da instituição. Apesar disso, a manifestação transcorreu de forma pacífica.
Segundo o relatório “Bancando a Extinção”, três bancos públicos lideram a operação de crédito rural em estados da Amazônia Legal. Juntas, essas três instituições respondem por aproximadamente 70% dos valores dos contratos:

* Banco do Brasil: R$ 33,5 milhões ou 44,10%
* Caixa Econômica Federal: R$ 10,6 milhões ou 13.99%
* Banco da Amazônia: R$ 9,2 milhões ou 12,15%

No total, 164 instituições, entre bancos públicos e privados, cooperativas e sociedades de crédito , intermediaram contratos na Amazônia Legal em 2022.
O crédito rural, que existe desde os anos 60, é tido como um importante incentivo do governo ao setor, que permite a concessão de crédito facilitado e até com auxílio do governo federal. Nos seis primeiros meses da safra atual (2023/2024) já foram concedidos mais de R$ 200 milhões em empréstimos.
Segundo a ONG, no entanto, esse dinheiro tem financiado atividades agropecuárias em propriedades situadas dentro de terras indígenas e com histórico de desmatamento.
Os números apontam que quase 800 imóveis rurais embargados pelo Ibama receberam crédito rural entre 2018 e 2022.
Um dos casos incluídos no relatório é de um sítio que fica na na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia.
A propriedade tem criação de gado e entre 2018 e 2021 conseguiu R$ 87 mil de empréstimo para a produção de pecuária. Além de estar em uma área de reserva, o CAR da propriedade estava suspenso desde de 2017, o que não impediu o acesso aos valores.

Saiba mais na g1

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