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Quase metade das onças-pintadas tiveram habitat afetado pelas queimadas no Pantanal, aponta estudo

01/12/2022

Cerca de 45% das onças-pintadas do Pantanal tiveram seu habitat afetado pelos incêndios registrados em 2020, conforme estudo realizado por cientistas brasileiros - entre eles, o biólogo Fernando Tortato. Na terça-feira (29), comemora-se o Dia Nacional da Onça-pintada.
De acordo com o estudo, o fogo consumiu 31% do bioma e causou o empobrecimento do habitat, comprometendo a qualidade de vida da espécie e a distribuição das suas presas. A pesquisa considerou dados de monitoramento por meio do GPS-colar.
"A gente sabia por onde as onças andavam, qual era o território delas e a gente comparou essas áreas com as áreas afetadas pelos incêndios. Nosso papel, como cientista, é entender como as espécies respondem a tragédia que aconteceu no Pantanal.", explicou.
A onça-pintada é o maior felino das Américas e habita desde o México até Argentina, passando por todo Brasil. Porém, segundo o especialista, já perdeu metade da sua distribuição original e é uma espécie considerada ameaçada de extinção.
""Pantanal Mato-grossense é a melhor área do mundo para se observar onças-pintadas. Então, tem toda uma indústria do turismo voltada para a espécie. E ela tem grande importância, tanto ecológica, cultural e econômica ao estado", afirmou.
Uma das onças monitoradas de perto por eles se chama Ousado e vive na região de Porto Jofre, no Parque Encontro Estadual das Águas, na divisa com Barão de Melgaço e Poconé.
O felino foi resgatado durante as queimadas de 2020 e sofreu queimaduras nas patas. Depois da recuperar, foi solto na natureza novamente.
"Esse animal reocupou aquela paisagem que foi praticamente toda queimada. Então, a gente está avaliando que a onça-pintada tem como principais presas a capivara e o jacaré, que são animais aquáticos. Com isso, não foi tão afetado porque o recurso, o alimento da onça, acabou não sendo tão afetado pelos incêndios, mas, mesmo assim, a gente vê um padrão diferente do movimento dos animais, como eles foram ocupando esse ambiente que foi queimado em 2020", destacou.
Conforme o pesquisador, a onça é considerada uma espécie guarda-chuva, por ser um predador de topo e ter uma exigência grande de território e habitat.
"Quando você conserva a onça, isso traz junto toda a conservação da fauna e flora menores, espécies menores que coexistem no mesmo território que ela. Então, o felino tem esse papel de manutenção da biodiversidade", explicou.

Fonte: g1

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