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Chuvas no Pantanal não indicam fim da seca, alertam especialistas

27/10/2020

Apesar de alertas de chuvas intensas para boa parte do Pantanal e uma parte da Amazônia feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os biomas devem levar tempo para se recuperar da seca histórica pela qual passam, alertam especialistas ouvidos pelo G1.
O bioma pantaneiro é a maior planície inundada do mundo – quando chove, os rios costumam inundar a região. Mas, neste ano, o Pantanal vive uma seca histórica: a maior seca desde 1973, o que contribui para alastrar incêndios. O mês passado foi o pior na história em número de focos – e o bioma tem o maior acumulado anual já registrado desde 1998.
"Não vai ser uma chuva que vai transformar a condição de seca. Os impactos causados por essa longa estiagem vão atuar ainda algum tempo na região", afirma Marcelo Parente Henriques, pesquisador da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) em hidrologia.
A CPRM é uma empresa pública que tem atribuições do Serviço Geológico do Brasil e que monitora, entre outros dados, os níveis dos rios brasileiros. Segundo o último boletim do serviço, divulgado nesta quinta-feira (22), os níveis do Rio Paraguai, que é responsável pela inundação do Pantanal, ficaram estáveis depois de quedas que duraram até a semana passada.
"O Rio Paraguai tem 1.693 km em território nacional. Mesmo que tenha uma chuva muito intensa, mesmo que cause um transtorno no local, não vai ser essa chuva que vai recuperar o rio rapidamente", afirma Marcelo Parente Henriques, pesquisador da CPRM em hidrologia.
O hidrólogo afirma que as características do rio contribuem para que ele não se recupere rapidamente: por ser um rio de planície, sem grandes declives, a água demora a correr pelo seu curso e formar os pântanos.
Ele explica que, segundo as medições na estação de Ladário (MS), que mede os níveis do Paraguai há 120 anos, a chamada cota do rio ficou em -30 cm nesta quinta (o que não significa um nível negativo de água). A Marinha emite alertas de restrição de navegabilidade quando essa cota está em 150 cm (1,5 m).
"São 1,80 m que o rio tem que encher para, no mínimo, chegar na restrição que a Marinha impõe. A gente acredita que o ganho mínimo do rio, pelo menos em Ladário, venha a acontecer no final do ano", diz.
A porção brasileira representa cerca de 61% da Bacia do Alto Paraguai, que também entra pelo território de Paraguai e Bolívia. Todas as três áreas têm sofrido com a seca nos últimos anos, segundo Henriques.
Mas o hidrólogo também afirma estar otimista com a previsão de chuvas na região, que demoraram a cair neste ano mas devem se estabelecer até o início de novembro.
"Acho que o pior já passou em matéria de seca. A gente está otimista com a questão do clima no sentido não só de diminuir a propagação das queimadas, mas também de auxiliar os bombeiros e brigadistas e na questão da navegabilidade da hidrovia", diz Henriques.
Na Amazônia, o Rio Madeira, um dos principais afluentes do Rio Amazonas, já tem baixas históricas em Rondônia. O nível do rio superou a seca de 2005 nesta semana e passou a ser a mais intensa do histórico de monitoramento da região.
O rio Madeira registrou a cota de 1,58 m em Porto Velho nesta quinta-feira (22). A previsão de chuvas sugere precipitações abaixo do normal em praticamente toda a bacia do Madeira para os próximos 15 dias.

Leia a matéria completa no G1

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