UERJ UERJ Mapa do Portal Contatos
Menu
Home > Atualidades > Notícias
Aquecimento ocorre três vezes mais rápido no Polo Sul do que no resto do mundo, diz estudo

30/06/2020

Nos últimos 30 anos, devido a fenômenos naturais "provavelmente intensificados" pelas mudanças climáticas provocadas pelo homem, a temperatura aumentou três vezes mais rápido no Polo Sul do que a média mundial, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (29).
A Antártica é cenário de extrema variabilidade climática, com grandes diferenças entre as costas e o interior do continente, principalmente na massa congelada no qual está situado o Polo Sul, com temperatura média anual de -49 ºC.
Logo, a maior parte da Antártica ocidental e da Península Antártida sofreram aquecimento e degelo durante a segunda metade do século 20. O Polo Sul, por sua vez, esfriou até ao menos a década de 1980, antes de apresentar a tendência reversa, de acordo com o estudo publicado no periódico Nature Climate Change.
Com um aumento de 0,61 ºC a cada década, entre os anos de 1989 a 2018, a temperatura registrada no Polo Sul geográfico, mais precisamente na base de Amundsen-Scott, aumentou três vezes mais que a média mundial, segundo mostra a pesquisa.
Este resultado surpreendeu os pesquisadores.
"Acreditávamos que essa parte da Antártida estava prestes a registrar aquecimento. Mas descobrimos que esse não é mais o caso", disse à AFP um dos autores do estudo, Kyle Clem, da Universidade Victoria, na Austrália.
Para tentar explicar esse fenômeno, os especialistas primeiro apontam para o aquecimento na zona tropical do Oceano Pacífico Ocidental, que levou a uma queda na pressão atmosférica no mar de Weddell e empurrou o ar quente em direção ao Polo Sul, segundo o estudo.
Mas, embora não seja "impossível" que o aquecimento se deva apenas por causas naturais, é "muito improvável", segundo Clem. A cientista explica que os modelos climáticos atribuem o aumento de 1°C às mudanças climáticas causadas pelo homem, do total +1,8 ºC registrado pelo Polo Sul nos últimos 30 anos.
"A mensagem (...) é que nenhum lugar está a salvo do aquecimento", ressaltam Sharon Stammerjohn e Ted Scambos, da Universidade do Colorado, preocupados principalmente com as costas da Antártica e as calotas polares.
"Os efeitos das mudanças climáticas são sentidos há muito tempo" nessas regiões, e a contribuição deste continente para o aumento nas temperaturas e a elevação do nível do mar pode ser algo "catastrófico", acrescentam.
O derretimento das calotas polares da Groenlândia e da Antártica já é a principal causa do aumento no nível do mar.
O futuro das regiões costeiras e seus milhões de habitantes depende principalmente da enorme massa de gelo que cobre a Antártica Ocidental.

Fonte: G1

Novidades

Na COP30, C&A defende que o futuro da moda nasce no campo

27/11/2025

A indústria da moda, com sua visibilidade e o poder de impactar a autoestima e trazer emoção ao dia ...

Por que parte da maior praia do Brasil está interditada por lama? Entenda

27/11/2025

Cerca de dois quilômetros da Praia do Cassino, em Rio Grande, Região Sul do RS, foram bloqueados apó...

Últimas ararinhas-azuis que estavam na natureza estão com vírus letal sem cura; animal é considerado em extinção

27/11/2025

As últimas 11 ararinhas-azuis que estavam na natureza foram contaminadas com um vírus letal e sem cu...

Transição da pecuária para agroflorestas pode dobrar renda rural

27/11/2025

Na COP30, o agronegócio ganhou destaque. A Agrizone, espaço paralelo coordenado pela Embrapa, reuniu...

Após contrato na COP30, Justiça suspende projeto de créditos de carbono do Amazonas

27/11/2025

A Justiça Federal no Amazonas suspendeu, em decisão liminar, os atos do projeto de geração de crédit...

Brasileiros apresentam na COP30 mecanismo financeiro para restaurar florestas tropicais

27/11/2025

Pesquisadores brasileiros apresentaram na COP30, em Belém (PA), um novo mecanismo de crédito de carb...