
19/11/2019
Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estuda a possibilidade de que as manchas escuras encontradas no litoral do Nordeste e do Sudeste brasileiro sejam de piche, em vez de óleo, que é cogitada como a principal hipótese pelas autoridades.
Uma frente composta por pesquisadores divulgou nesta segunda-feira (18), na sede do Inpe em São José dos Campos (SP), detalhes de um estudo que aponta a possibilidade.
"As hipóteses científicas são: ele se transformou em pasta com o intemperismo ou ela foi lançada já como pasta. Esse estudo delimita as rotas e navios. O piche ele é transportado com um aquecimento para ser mantido na forma líquida e, se deu problema mecânico, pode ter soltado esse piche e ele endureceu no mar”, explica o oceanógrafo Ronald Buss de Souza, integrante do grupo.
De acordo com a frente, os navios que transportam piche fazem a rota Espanha-Argentina e passam por um trecho em comum próximo da costa brasileira com os veículos que transportam petróleo, que fazem o trajeto Venezuela-África do Sul.
O ponto onde os trajetos se encontram é tratado como o ponto de hipótese pelos pesquisadores. “O navio Vital de Oliveira está no mar para prospectar essa área que listaram buscando amostrar em áreas prioritárias. A tese mais plausível é que um navio tanque tenha ejetado esse material para mar aberto. Quem fez isso não tinha ideia das consequências ambientais do que estava fazendo”, explica o oceanógrafo.
De acordo com o grupo, a provável data do fato é de cerca de três meses, mas ele não deve chegar ao litoral paulista. “O óleo não vai mais chegar pela superfície. É como os coliformes fecais. Vamos ter que checar com micropartículas”, disse Ronald Buss de Souza.
O pesquisador Paulo Nobre, coordenador do grupo, explica a linha de atuação da pesquisa. “O Inpe vai acolher os vários conhecimentos desses pesquisadores para que isso em conjunto nos permita responder. A prevenção é a melhor forma de recuperação”, disse.
Para saber mais, é só acessar o G1
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