22/08/2019
A Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019, segundo os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Cerrado é responsável por 30,1%, seguido pela Mata Atlântica, com 10,9%.
Nesta segunda-feira (19), a cidade de São Paulo, parte do Mato Grosso do Sul e do norte do Paraná foram afetados pela fumaça que desceu das queimadas no Brasil, e também do Paraguai. A Bolívia, a Argentina e o Peru também têm focos de incêndio. No caso da capital paulista, uma nuvem mais baixa e carregada acabou aumentando a escuridão.
O jornal "Abc Color", do Paraguai, noticiou um incêndio que começou durante o final de semana na reserva de mata nativa Três Gigantes, no Pantanal do país. Segundo a Secretária de Emergência Nacional, 70% do fogo, que se arrastou por 21 mil hectares, havia sido controlado até a manhã desta segunda-feira, mas a fumaça ainda era sentida em território brasileiro.
No último dia 10 de agosto, grupos do sul do Pará organizaram o "Dia do Fogo". Durante o final de semana, fazendeiros passaram a anunciar as queimadas, revelação do jornal local "Folha do Progresso", da cidade de Novo Progresso.
As medições do Inpe confirmaram o pico de queimadas (veja imagem acima). Novo Progresso, junto com o município de Altamira, liderou o número de focos durante aquele final de semana. As duas cidades também estão entre as mais atingidas neste mês.
O pesquisador do Programa Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, diz que as queimadas na região do Mato Grosso são comuns, mas "neste ano queimam mais do que em anos anteriores". O calor e o clima seco contribuem para espalhar o fogo, que é causado, segundo ele, por ação humana não-intencional ou criminosa.
O Corpo de Bombeiros do estado está sobrecarregado. São 1,4 mil militares no Mato Grosso, sendo que 22 dos 141 municípios têm base dos bombeiros. Como o G1 mostrou acima, já são mais 13 mil focos de janeiro a agosto.
"É humanamente impossível atender todas as ocorrências que chegam, se tivermos de 30 a 40 queimadas urbanas em um dia, por exemplo. Vamos atendendo até quando o efetivo der", afirmou o major Antônio Marco Guimarães ao G1 Mato Grosso.
Esta matéria na íntegra pode ser lida no G1
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