23/05/2019
A produção de alimentos e a extração de madeira e de outros produtos da Amazônia pode seguir regras e não afetar o equilíbrio da floresta. Com a autorização necessária e a ajuda de especialistas, cooperativas, organizações e comunidades conseguem gerar renda sem destruir a vegetação original.
Na Floresta Nacional do Tapajós (uma Unidade de Conservação Sustentável localizada próxima à cidade de Santarém), uma cooperativa conseguiu o direito junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para fazer o manejo florestal comunitário.
A Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona) faz a retirada das árvores com um plano elaborado por um engenheiro florestal. Em uma determinada região da floresta, a retirada da madeira é feita para aproveitar ao máximo todas as partes da árvore. Depois, a região não poderá mais ser mexida até a regeneração - cerca de 5 anos.
Em um projeto recente para garantir esse maior aproveitamento da madeira, os cooperados da Coomflona criaram uma movelaria no meio da Amazônia. Os móveis têm madeira original e aproveitam os galhos grandes das árvores, que geralmente são descartados.
"A gente acabou percebendo que acabavam ficando na floresta os galhos, que são hoje aproveitados na movelaria", conta o coordenador do projeto, Arlan Alves.
A mesma cooperativa faz a extração do óleo de copaíba, que serve para a produção de medicamentos, cosméticos e na fabricação do biodiesel. A retirada é um trabalho manual e de muita paciência: o G1 caminhou com a equipe dentro da Flona do Tapajós para tentar achar uma copaibeira com óleo dentro do caule. Foram cinco tentativas, com proteção nas pernas contra as cobras, até encontrá-la.
Do outro lado do Rio Tapajós, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, a ONG Saúde e Alegria trabalha junto à comunidade para evitar a queima da floresta. A ideia é que os moradores consigam plantar sem desmatar longas áreas e, para isso, criam uma estratégia de enriquecimento contínuo do solo.
"É uma atividade que vem se desenvolvendo de pai para filho, de filho para neto. Então, nosso curso é justamente para evitar essa atividade de derruba e queima", explica Alaílson Souza Rêgo, engenheiro agrônomo.
O projeto ensina os pequenos agricultores da Resex Tapajós-Arapiuns a plantar uma maior variedade de alimentos ao mesmo tempo e fazer com que a produção seja mais duradoura na mesma área, evitando assim novos focos de desmatamento.
Além disso, a ONG Saúde e Alegria também tem um projeto para criação de mudas de reflorestamento. O engenheiro florestal Steve Mcqueen coordena a produção do viveiro:
"A gente mostra que na floresta não existe só a madeira. Tem animais, produtos florestais não madeireiros, e é nesse intuito que a gente vem para reforçar o poder que a floresta tem. Daí vem a importância da criação desse viveiro, é um viveiro que pode alimentar, pode gerar renda e dar oportunidade", explica.
Fonte: G1
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