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Incêndios florestais deterioram qualidade do ar a quilômetros de distância, alerta ONU

09/09/2025

Os incêndios florestais liberam uma "mistura tóxica" de poluentes que pode deteriorar a qualidade do ar a milhares de quilômetros de distância, afirmou nesta sexta-feira (5) a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
A agência das Nações Unidas ressaltou que a qualidade do ar está intimamente relacionada com a mudança climática e que os dois problemas devem ser abordados de maneira conjunta.
Na quinta edição do relatório anual sobre poluição do ar e clima, especialistas analisaram como a qualidade do ar pode ser afetada em larga escala a partir das grandes queimadas na amazônia, Canadá e Sibéria em 2024.
"As mudanças climáticas e a poluição atmosférica não conhecem fronteiras nacionais, como demonstram o calor intenso e a seca que alimentam os incêndios florestais e degradam a qualidade do ar para milhões de pessoas", declarou a secretária-geral adjunta da OMM, Ko Barrett.
Em uma entrevista coletiva, Lorenzo Labrador, cientista da OMM, destacou que a temporada de incêndios florestais tende a ser mais severa e prolongada a cada ano devido às mudanças climáticas.
Além disso, apontou que os incêndios florestais em um continente acabaram provocando poluição atmosférica em outro. "Isto aconteceu no ano passado e também neste ano. Portanto, observamos uma degradação da qualidade do ar em todos os continentes quando as condições meteorológicas são favoráveis", enfatizou.
Como exemplo, Labrador mencionou o caso dos incêndios no Canadá, que acabaram afetando a Europa. "Estes incêndios produziram essencialmente uma mistura tóxica de componentes que poluem o ar", resumiu.
Ao examinar a interação entre qualidade do ar e clima, a OMM destaca o papel dos aerossóis (partículas microscópicas e flutuantes) nos incêndios, na formação da neblina de inverno, nas emissões do transporte marítimo e na poluição urbana.
As partículas com um diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (PM 2,5) são consideradas especialmente prejudiciais porque podem penetrar profundamente nos pulmões ou no sistema cardiovascular.
Embora os incêndios florestais de 2024 tenham provocado níveis de PM 2,5 superiores à média no Canadá, Sibéria e África Central, o maior aumento de PM 2,5 foi registrado na floresta amazônica.
"A maior anomalia ocorreu na bacia do Amazonas, em consequência dos incêndios florestais sem precedentes registrados na região oeste da amazônia e das queimadas alimentadas pela seca que castigaram o norte da América do Sul", afirmou a OMM em comunicado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica provoca mais de 4,5 milhões de mortes prematuras a cada ano em todo o mundo e acarreta importantes custos ambientais e econômicos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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