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Design regenerativo: repensando o tempo útil das coisas

21/08/2025

Localizado em Baltimore, nos EUA, o estúdio de design Common Object quer romper com a tradicional equação entre forma e função. Sua abordagem se apoia na valorização de sistemas, materialidade e intencionalidade desde o início de cada projeto. A proposta é repensar o papel do design em um mundo em transformação com uma abordagem centrada no planeta. É o design regenerativo. Conheça as práticas da empresa, que vão além do design tradicional.
Partindo dessa perspectiva, ao superar o modelo de design focado exclusivamente no usuário, o estúdio se dedica a questionamentos fundamentais: como um objeto se insere em seu ecossistema? Como ele evolui em termos físicos, emocionais e sociais? E qual o impacto sobre quem o produz e sobre o ambiente de onde vem?
Essas reflexões conduzem uma prática que busca ir além da sustentabilidade, rumo à regeneração. As soluções não apenas minimizam danos, mas contribuem ativamente para o bem-estar ecológico e social.
Valorizando a origem dos materiais
A filosofia estética do Common Object combina formas suaves e convidativas com um respeito rigoroso pelos processos materiais. Inspirado pela natureza e pela ergonomia, o estúdio valoriza a imperfeição, as texturas e os acabamentos orgânicos -, características que revelam a identidade única de cada material.
A proposta visual reflete um equilíbrio entre seriedade e leveza. Os objetos devem ser cuidadosamente elaborados, “mas nunca se levarem muito a sério”, afirma a equipe.
De móveis biodegradáveis a instalações têxteis feitas com materiais reciclados, os projetos do estúdio propõem uma nova leitura sobre o que é belo. Em vez de impor uma forma pré-definida, o estúdio permite que os próprios materiais e processos orientem o resultado final.
O objetivo é criar peças que vão além da estética: cada objeto deve manter uma conexão autêntica com sua origem.
Outro aspecto interessante da proposta de design regenerativo é que a função vai além do uso imediato. Cada peça é concebida para se adaptar, evoluir e resistir ao tempo. A durabilidade é pensada não apenas como resistência física, mas como capacidade de transformação.
Com foco na continuidade, o estúdio prioriza a reparabilidade, a modularidade e os princípios do design circular. A ideia é criar objetos que ultrapassem um único ciclo de uso, mantendo sua relevância funcional e estética por muitos anos.
Entre os exemplos práticos da abordagem estão o sistema de estofamento Strata e o projeto OkaTerra. O Strata reutiliza móveis de escritório descartados e aplica uma cobertura têxtil adaptável, semelhante a uma colcha, que se ajusta a diferentes estruturas e prolonga a vida útil dos objetos. Já o OkaTerra investe na construção de cadeias de suprimentos locais, com o objetivo de tornar móveis sustentáveis mais acessíveis e personalizáveis. Ambos os projetos reforçam a convicção do estúdio de que regeneração ambiental e viabilidade comercial podem, e devem, caminhar juntos.
O Common Object adota um processo de design experimental com foco na inovação de materiais e no reaproveitamento de resíduos. A proposta é transformar o que seria descartado em componentes de alto desempenho e valor agregado.
Entre as iniciativas do estúdio está o uso de lã regenerativa em móveis, demonstrando o potencial de subprodutos agrícolas. Em parceria com programas de extração urbana de madeira, a equipe também reaproveita árvores caídas para criar peças com madeira de origem ética.
O estúdio também explora resinas de base biológica e fibras de cânhamo regenerativas, com o objetivo de desenvolver materiais totalmente biodegradáveis sem comprometer a performance.

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