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Vagas Verdes de Paris podem chegar à São Paulo

10/04/2025

Paris foi sede dos jogos olímpicos em 2024 e atraiu os olhos do mundo para a “cidade luz”. Mas, a capital francesa também tem se destacado quando o assunto é urbanismo e sustentabilidade. A qualidade do ar melhorou significativamente por lá e a prefeitura tem investido em várias frentes para que a população tenha mais qualidade de vida. Entre as iniciativas, a substituição de 60 mil vagas de estacionamento por áreas verdes chamou a atenção – e as “vagas verdes” podem chegar à São Paulo.
No dia 2 de abril de 2025, Renata Falzoni (PSB), Marina Bragante (REDE) e Nabil Bonduki (PT) Vereadores da Frente Parlamentar de Direito à Cidade Sustentável: Enfrentamento e Adaptação Climática protocolaram na Câmara o Projeto de Lei 378/2025, propondo Vagas Verdes para a cidade de São Paulo.
Em poucas palavras, a proposta é criar alguns espaços permeáveis nas ruas, com grama e árvores, ocupando espaço semelhante ao de um veículo estacionado. Esta simples ideia pode minimizar diversos problemas urbanos, como enchentes, ilhas de calor e perda de biodiversidade.
Os parlamentares explicam que o projeto deve ser colocado em prática em linha com as estratégias e ações previstas no Plano Municipal de Arborização Urbana. A substituição de vagas de estacionamento nas ruas por vagas verdes irá reduzir a temperatura local, criar áreas de sombra, além de reter a água da chuva, melhorar a qualidade do ar e abrigar a biodiversidade na capital paulista.
Em São Paulo, a previsão é que as vagas devam atingir a proporção ideal de 20% do comprimento de quadra elegível à sua implementação.
Além de serem um apoio ao combate às enchentes e redução da temperatura média no local, as Vagas Veres podem promover a biodiversidade urbana. A implementação de plantas nativas, abrigos artificiais para pequena fauna e estruturas de biótopos busca recriar microambientes naturais, promovendo a diversidade da flora e da fauna locais. Essa ação é essencial para a manutenção da biodiversidade e para a adaptação da cidade às mudanças climáticas.
Os vereadores apontam ainda que a medida irá proporcionar espaços de convivência para a população, promovendo a qualidade de vida nas regiões atendidas. A instalação de bancos e mesas, previstos no projeto para estes locais, vai criar áreas convidativas ao descanso e à interação social.
A proposta, prevê ainda mecanismos de compensação ambiental que permitem a manutenção e expansão das Vagas Verdes a partir de Termo de Compromisso Ambiental, exigidos pela administração.
Já que estamos falando de replicar iniciativas inspiradoras adotadas por Paris, vale lembrar que, em um referendo no dia 23 de março de 2025, os parisienses votaram para que 500 ruas da cidade se tornem exclusivas para pedestres. De acordo com os resultados oficiais, 65,96% dos eleitores apoiaram a medida, enquanto 34,04% se opuseram a ela. A participação foi baixa, com apenas 4,06% dos moradores elegíveis votando.
Esta última votação se baseia em uma série de reformas de transporte introduzidas nos últimos anos. Em 2023, os parisienses aprovaram a proibição de e-scooters compartilhados, um aumento significativo nas taxas de estacionamento para SUVs grandes e a substituição de vagas de estacionamento por espaço para árvores.
Os dois milhões de moradores da cidade serão consultados sobre quais ruas devem se tornar zonas livres de carros. Essas novas áreas de pedestres, frequentemente chamadas de “pulmões verdes”, oferecem espaços onde as pessoas podem caminhar, pedalar e se reunir livres de trânsito e barulho. Com essa última expansão, Paris terá quase 700 ruas de pedestres — representando pouco mais de dez por cento de todas as ruas da cidade.
Dados da prefeitura de Paris revelam que o tráfego de carros na capital caiu em mais da metade desde que o Partido Socialista chegou ao poder no início dos anos 2000. A redução reflete um compromisso crescente com o planejamento urbano sustentável e se alinha com objetivos europeus mais amplos para lidar com a poluição e as mudanças climáticas.
Apesar do progresso, Paris ainda está atrás de outras capitais europeias quando se trata de infraestrutura verde. De acordo com a Agência Europeia do Meio Ambiente, espaços verdes — incluindo parques públicos, jardins privados, pântanos e ruas arborizadas — compõem apenas 26% da área urbana de Paris. Esse número está bem abaixo da média das capitais europeias de 41%.

Fonte: CicloVivo

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