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Instituto de Pesquisas Ecológicas atinge marca de 8 milhões de mudas de árvores plantadas na região do Pontal do Paranapanema

31/10/2024

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) atingiu a marca de 8 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica plantadas no Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste Paulista. A área de plantio abrange, aproximadamente, 4.200 hectares, o equivalente a 4 mil campos de futebol. As árvores estão distribuídas em 17 propriedades privadas, nos municípios de Anhumas (SP), Euclides da Cunha Paulista (SP), Marabá Paulista (SP), Mirante do Paranapanema (SP), Presidente Epitácio (SP), Rosana (SP) e Teodoro Sampaio (SP).
O plantio é resultado do projeto Corredores de Vida, implementado pelo IPÊ inicialmente em sete municípios, com base no Mapa dos Sonhos, criado há quase 25 anos, que traça conexões entre Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs) de propriedades rurais às duas Unidades de Conservação (UCs) da região: o Parque Estadual do Morro de Diabo (PEMD) e Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (Esec MLP), entre outros fragmentos.
Do total de 8 milhões de mudas, cerca de 2,4 milhões foram plantadas em um trecho de 12 quilômetros, na Fazenda Rosanela, situada ao sul do PEMD.
O plantio foi realizado ao longo de mais de duas décadas e é considerado o maior corredor restaurado do bioma Mata Atlântica.
A restauração florestal é executada de maneira integrada com participação social, geração de renda para a comunidade e benefícios para a biodiversidade e clima.
O projeto Corredores de Vida é baseado no tripé Clima, Comunidade e Biodiversidade (CCB).
No quesito Clima, as árvores plantadas neutralizam carbono e gases equivalentes, como o metano. Na esfera da Comunidade, traz geração de emprego e renda.

Com base em dados coletados em julho desde ano, o projeto emprega diretamente 229 pessoas, sendo 56 jovens, divididas em três frentes:

🌳​ equipe técnica do IPÊ;
🌳​ viveiros comunitários; e
🌳​ empresas florestais.

Já o aspecto Biodiversidade é estratégico para a conservação da fauna e da flora da Mata Atlântica.
As mudas nativas empregadas no projeto são produzidas em 13 viveiros comunitários, com coleta de sementes em diferentes árvores matrizes distribuídas pela região, proporcionando um plantio com maior variabilidade genética.
“O projeto Corredores de Vida tem ganhos significativos tanto para o Clima como para Biodiversidade, no Pontal. Porém, envolver a Comunidade ao incentivar o empreendedorismo, por meio da criação de empresas que realizam os plantios e a manutenção dessas áreas, além de viveiros, é o ponto alto do projeto. Hoje, 15 empresas florestais e 13 viveiros comunitários prestam serviço para a cadeia da restauração florestal implementada pelo IPÊ”, afirmou o coordenador de projetos do IPÊ, Laury Cullen Jr..
A restauração florestal é compromisso dos países que fazem parte da Convenção da Diversidade Biológica (CDB). Dentro das 23 metas globais do Marco Global de Biodiversidade de Kunning-Montreal, a regeneração e restauração de ecossistemas são primordiais.
Uma das metas, por exemplo, estabelece que todos os 196 países signatários devem fazer um esforço de assegurar que, até 2030, pelo menos 30% das áreas de ecossistemas terrestres degradados, águas interiores, costeiras e marinhas estejam sob restauração eficaz, a fim de promover a biodiversidade, as funções e serviços ecossistêmicos, a integridade ecológica e a conectividade.
O IPÊ coopera com mais de 70% das metas globais de biodiversidade e está presente na COP16 da Biodiversidade, que ocorre de 21 de outubro a 1º de novembro, em Cali, na Colômbia, tratando sobre este e outros temas.
A restauração e a preservação de áreas florestais são essenciais também para que dê certo o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, que estabelece metas para conter o aquecimento global em 1,5ºC ou, no máximo, 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. Esse é um dos principais temas da COP29 do Clima, que acontece este ano em Baku, no Azerbaijão.
Para conter os efeitos críticos do aumento da temperatura no mundo, a ONU aponta a necessidade de restauração de 1 bilhão de hectares de florestas no mundo, e 12 milhões de hectares de florestas só no Brasil.
Recentemente, entretanto, o Observatório do Clima lançou uma proposta mais atualizada para o Brasil cumprir com a redução das suas emissões, a restauração de 21 milhões de hectares de cobertura vegetal em seu território.

Conclua a leitura desta matéria acessando o g1

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