10/10/2024
Produtos eletroeletrônicos fazem parte da nossa vida. De telefones celulares, aos computadores, passando por TVs, eletrodomésticos e novos lançamentos cada vez mais constantes, nossa rotina inclui uma série de equipamentos. Junto todos esses produtos vem o impacto ambiental, que começa na extração de matérias-primas e termina no descarte. Um estudo recente mostrou que o volume de lixo eletrônico no mundo aumenta 5 vezes mais rápido do que a reciclagem destes itens.
Entre os materiais que compõe equipamentos eletroeletrônicos, os metais merecem uma atenção especial, já que estão presentes em grande parte dos componentes e peças. E a boa notícia é que pesquisadores americanos desenvolveram um método que torna a reciclagem de metais de resíduos eletrônicos mais sustentável e mais eficiente.
Um estudo desenvolvido no Departamento de Química da Rice University, em Houston, EUA, revelou que o uso de cloração eletrotérmica, ou aquecimento flash Joule (FJH), e carbocloração pode dar um novo destino a vários metais encontrados no lixo eletrônico, por meio do aquecimento do material com uma corrente elétrica. Os resultados da pesquisa fora publicados no periódico Nature Chemical Engineering.
A equipe usou uma corrente programável que podia controlar a temperatura até 2400ºC, o que permite a formação de energia livre de cloretos metálicos. Conforme explicado no estudo, “Uma vez que a conversão para um cloreto metálico específico é alcançada, esse composto se destaca da mistura em segundos. Isso permite seletividade termodinâmica e cinética para os metais desejados com minimização de impurezas”.
Esse processo permitiu que os pesquisadores coletassem vários metais diferentes, alcançando um rendimento de 85% e um nível de pureza superior a 95%, mesmo em peças eletrônicas antigas.
Os métodos atuais de extração de metais de lixo eletrônico, como hidrometalurgia e pirometalurgia, são menos sustentáveis, consumindo grandes quantidades de água e energia durante o processo. Além disso, os métodos atuais podem produzir resíduos e exigem o uso de muito ácido para serem concluídos, informou a Rice University.
Os pesquisadores acreditam que seu desenvolvimento pode fornecer um método que requer menos energia, produz menos resíduos e emissões e recupera mais metal.
Embora os pesquisadores tenham coletado com sucesso certos metais no estudo, eles notaram que esse processo tem o potencial de extrair outros materiais essenciais dos resíduos, como lítio, cuja demanda vem crescendo para o uso em baterias elétricas. “Estamos tentando adaptar esse método para recuperação de outros metais”, disse Bing Deng, atual professor assistente na Universidade Tsinghua, na China, e coautor do estudo.
Com a reciclagem e recuperação de metais de equipamentos eletrônicos fora de uso, o novo método pode minimizar as emissões de gases de efeito estufa e a destruição ambiental associadas à mineração. Com o aumento da demanda por veículos elétricos e energia renovável, soluções que forneçam matérias-primas para baterias e produtos eletrônicos sem o impacto da mineração são cada vez mais importantes.
“Este avanço aborda a questão urgente da escassez crítica de metais e impactos ambientais negativos, ao mesmo tempo em que incentiva economicamente as indústrias de reciclagem em escala global com um processo de recuperação mais eficiente”, disse Shichen Xu, pesquisador de pós-doutorado na Rice University e coautor do estudo.
Fonte: CicloVivo
Parque da Tijuca lança pista de mountain bike para crianças
21/11/2024
Desmatamento na Mata Atlântica cai 55% no primeiro semestre
21/11/2024
Maior peixe do mundo é flagrado por pesquisadores pela 1ª vez no mar do ES
21/11/2024
Recorde de queimadas no pantanal nos últimos anos ameaça espécie de cobra exclusiva do bioma
21/11/2024
Área queimada no Brasil de janeiro a outubro equivale ao território de Tocantins
21/11/2024
Máquina de ´dessalinização´ das águas é instalada no Arquipélago do Bailique, no AP
21/11/2024