
23/03/2023
A 96ª posição de São Gonçalo e a 89ª de São João de Meriti no Ranking do Saneamento 2023, divulgado na última segunda-feira pelo Instituto Trata Brasil podem ser explicadas, em parte, pelos valores investidos no setor pelos dois municípios da Região Metropolitana do Rio. Segundo Luana Pretto, presidente executiva do Trata Brasil, São Gonçalo informou só ter investido R$ 5 em saneamento, por habitante, em 2021. Em São João de Meriti, esse valor foi menor: R$ 3. Enquanto isso, a média brasileira alcançou R$ 82 por pessoa.
— Juntos, São Gonçalo e esses três municípios da Baixada despejam, por dia, 233 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza — afirma Luana Pretto.
Além das duas cidades, Duque de Caxias (90º lugar) e Belford Roxo (85º) estão entre as 20 piores do Brasil em termos de saneamento. O ranking se baseia em dados de 2021 retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). E reflete, portanto, o panorama no período em que, no estado, os serviços de fornecimento de água e de esgotamento da Cedae estavam sendo concedidos à iniciativa privada.
Fruto desse processo, tanto São Gonçalo quanto Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo entraram para a lista de municípios que, até 2025, receberiam mais verbas da outorga da concessão. E, desde novembro de 2021, as quatro cidades, com mais 23 municípios e 124 bairros da capital, passaram a ter o saneamento gerido pela concessionária Águas do Rio, que afirma já ter investido R$ 1,3 bilhão.
— No Rio, a solução está posta e foi adotada, com a concessão dos serviços de saneamento. Nos próximos anos, precisamos fazer uma análise detalhada dos investimentos, que são um indicativo da possibilidade de melhoras e de obras — diz Luana, ao ressaltar que, no que se refere a saneamento, os resultados começam a aparecer em médio e longo prazo.
Enquanto as mudanças são esperadas, este ano, baseado nos dados referentes a 2021, Duque de Caxias manteve o 90º lugar do ranking anterior, mas viu seu baixíssimo índice de tratamento de esgoto, que era 8,88%, cair mais, para irrisórios 5,95%. Já São João de Meriti (que foi da 87ª para a 89ª posição) se manteve com zero de esgoto tratado, condição semelhante apenas à de Porto Velho (RO) entre as cidades avaliadas. E Belford Roxo (que desceu do 82º lugar para o 85º) assistiu ao índice de perdas na distribuição de água disparar de um ano para o outro, de 24,3% para 40,2%.
Fonte: O Globo

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