14/10/2021
O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) contabilizou 12 peixes-leão, espécie invasora e venenosa, já capturados em Fernando de Noronha desde dezembro de 2020, sendo 11 deles neste ano. Para tentar barrar a proliferação do animal, chega na segunda-feira (11) à ilha o biólogo brasileiro Paulo Bertuol, morador de Bonaire, no Caribe, local onde o animal tem causado problemas.
Betuol vai trabalhar junto com as equipes de Noronha e compartilhar conhecimentos sobre estratégias de captura do peixe-leão. O treinamento começa nesta semana e inclui, entre outras ações, palestras para mergulhadores e moradores da ilha.
Segundo os pesquisadores, o peixe-leão oferece risco ao meio ambiente e pode causar desequilíbrio ecológico. O animal pode consumir espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região.
A primeira captura do animal em Noronha ocorreu em dezembro de 2020 e eles voltaram a ser vistos nos segundo semestre de 2021, com um recolhido em julho. Em agosto, foram três animais capturados e, no mês de setembro, foram sete, segundo balanço do ICMBio.
O nome científico do peixe encontrado em Noronha é Pterois volitans. A espécie tem espinhos venenosos que contêm uma toxina que pode causar febre, vermelhidão e até convulsões aos seres humanos.
Bertuol é formado pela Universidade Federal de Santa Catarian (UFSC) e trabalha na organização responsável pela gestão dos parques nacionais em Bonaire, no Caribe, que são o Parque Nacional Marinho de Bonaire e o Parque Washington Slagbaai.
A equipe do parque marinho doou para Fernando de Noronha o equipamento que tem sido utilizado na captura dos peixes invasores na ilha.
A primeira palestra do especialista foi marcada para acontecer na quarta-feira (13), às 19h30, na área externa do Projeto Tamar, no bairro do Boldró. Esse encontro é voltada para mergulhadores.
Na sexta-feira (15), o biólogo conversa com os moradores que tiverem interesse em saber mais sobre a ameaça. O encontro é também às 19h30, na área externa Tamar, sem necessidade de inscrição prévia.
“Paulo Bertuol fica até domingo (17). Além das palestras, vão ser feitas capacitações para os profissionais de mergulho autônomo. O treinamento será executado nos barcos, com indicações práticas para captura do peixe-leão", informou o coordenador de Pesquisa e Manejo do ICMBio, Ricardo Araújo.
Para Araújo, é preciso um trabalho em conjunto para controlar a invasão e impedir que o peixe-leão se estabeleça e desequilibre o ecossistema de Fernando de Noronha.
Por conta dos riscos que o animal oferece, o ICMBio não indica que pessoas sem treinamento adequado façam a captura da espécie. Caso avistem o peixe-leão, as pessoas podem acionar o instituto através do e-mail ngi.noronha@icmbio.gov.br ou pelo telefone (81) 3619-1156.
A matéria na íntegra pode ser lida no g1
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