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Cientistas tentam salvar Grande Lago Salgado antes que ele se torne lixo tóxico

22/07/2021

O Grande Lago Salgado também é conhecido como Mar Morto da América — devido à semelhança com sua contraparte muito menor do Oriente Médio —, mas os cientistas temem que o apelido possa em breve adquirir um novo significado.
O consumo e o desvio de água realizado pelos humanos há muito secam o lago de Utah. Seu nível hoje está a centímetros do mais baixo registrado em 58 anos, dizem autoridades estaduais, e as condições de seca no Ocidente, alimentadas pela crise climática, agravaram as condições.
A pior parte? É apenas julho e, historicamente, o lago não atinge sua baixa anual até outubro.
"Nunca vi algo tão ruim — não em minha vida", disse Andy Wallace, voando sobre a massa de água em um avião a hélice, como fez durante anos como piloto comercial.
De forma mais simples, o maior lago salgado do hemisfério ocidental está diminuindo rapidamente. Deixado sozinho, a pegada do lago se estenderia por 2.100 milhas quadradas — mais de três vezes a área de Houston.
Uma análise publicada no ano passado mostrou que a água drenada dos rios que alimentam a maravilha natural havia reduzido seu nível em 11 pés, o que diminuiu a área do lago em mais da metade.
"Vinte anos atrás, isso tinha cerca de três metros de profundidade", disse Kevin Perry, presidente do departamento de ciências atmosféricas da Universidade de Utah, enquanto andava de bicicleta em julho pelo leito desidratado do lago.
Perry e outros cientistas temem estar assistindo a uma calamidade em câmera lenta.
Dez milhões de pássaros voam para o Grande Lago Salgado todos os anos para se alimentar da vida marinha — que agora luta. Mais pelicanos se reproduzem na área do que em qualquer outro lugar do país.
O problema se espalha pela cadeia alimentar. O Utah Geological Survey expressou abertamente nesta quinta-feira seu medo de que os níveis cada vez menores do lago ameacem matar microbialitos — montes subaquáticos parecidos com recifes que ajudam a alimentar moscas de salmoura, camarões de água salgada e, portanto, as 338 espécies de pássaros que visitam o lago a cada ano.
"Pensamos nessas estruturas como rochas vivas", disse Michael Vanden Berg, gerente do programa de mineração e energia da pesquisa. "A população do Grande Lago Salgado é um dos maiores acúmulos de microbialitos modernos do mundo."
Se o lago continuar a recuar a níveis históricos, uma proporção até então invisível dos microbialitos do lago será exposta, disse um comunicado à imprensa. Pode levar apenas semanas para o tapete microbiano erodir as "rochas vivas", e pode levar anos para se recuperar, mesmo se os níveis dos lagos voltarem ao normal, afirmou o comunicado.
O camarão marinho, também conhecido como macaco-do-mar, é outro animal que está lutando contra o aumento da salinidade que vem com menos água. E eles não são apenas comida de pássaro: são exportados como alimento para peixes e a colheita comercial contribui para uma economia estimada em US$ 1,5 bilhão — o que, junto a recreação e extração mineral, ajuda a alimentar os pescadores e outras pessoas que vivem ao redor do Grande Lago Salgado.
A desaceleração econômica não é a única ameaça aos humanos na área. O solo de Utah é naturalmente rico em arsênico, um composto tóxico que causa uma série assustadora de problemas de saúde. "Quando percorre rio abaixo, ele cai no lago", disse Perry. "Quando o vento sopra, como costuma acontecer com bastante violência, ele levanta o leito empoeirado do lago", afirmou.

Para ler esta matéria na íntegra basta acessar a CNN Brasil

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