UERJ UERJ Mapa do Portal Contatos
Menu
Home > Atualidades > Notícias
Plantas que se proliferam em água contaminada se alastram em lagoa de Maricá, no RJ

25/02/2021

Um tapete verde em cima da água. Essa é a situação de um trecho do Canal da Costa, em São José do Imbassaí, em Maricá (RJ). De acordo com especialistas, o aumento na proliferação da espécie no Canal da Costa não é por acaso, já que a planta se alastra na água quando há presença de esgoto.
O biólogo e ambientalista Mário Moscatelli explica que o problema acende o alerta para o despejo irregular de esgoto em Maricá.
“A gigoga é uma planta nativa, uma planta que faz parte dos ecossistemas do Brasil. No entanto, quando há despejo de esgotos em rios e lagoas, as condições ambientais se tornam extremamente favoráveis para sua multiplicação de forma acentuada. Isso porque as raízes dessas plantas funcionam como um sistema de filtragem e o esgoto fornece adubo para que essas plantas se multipliquem de forma descontrolada. Enquanto continuarem esgoto dentro dos rios essas plantas vão continuar se multiplicando de forma descontrolada, gerando impactos ambientais”, explicou o biólogo.
De acordo com pescadores da região, os canais que desaguam na Lagoa das Amendoeiras, em São José do Imbassaí, são os lugares de maior concentração das plantas.
“É um rio verde só de plantas, e eu sei que é só quando a água está muito poluída. Minha infância toda foi pescando ali, tinha tilápia e até camarão, mas hoje não dá mais nada, é só esgoto. Você vê casas ribeirinhas jogando esgoto in natura ali, não tem nem fossa”, contou um pescador que não quis se identificar.
Nas imagens aéreas feitas pelo piloto de drone Marcelo Tubarão, é possível ver a quantidade de plantas que se alastraram no local.
O saneamento é um dos maiores desafios do município de Maricá, e agora, a própria natureza dá sinais de que o problema tem se agravado.
Uma equipe da prefeitura trabalha para tirar as plantas do canal. Como elas se espalham, é preciso removê-las periodicamente para que não ocupem toda a superfície da água.
A limpeza também é fundamental para evitar que as gigogas se tornem uma barreira durante os períodos de chuva, impedindo a circulação da água, mas, segundo Moscatelli, a solução vai muito além disso.
“A limpeza de canais e lagoas que acabam sendo tomados por gigogas é uma ação fundamental, mas de caráter emergencial, que normalmente em 6 meses a situação vai ser exatamente a mesma porque as gigogas irão se reproduzir novamente e irão produzir em pouco espaço de tempo a mesma situação. As prefeituras precisam ordenar o uso do solo e implantar o saneamento universalizado, essa é a única solução”.

Quer saber o que dizem as autoridades? Acesse o G1

Novidades

Bairro de São Cristóvão vai abrigar programa de enfrentamento de mudanças climáticas no Rio

18/04/2024

Conhecido como o “bairro imperial”, por ter abrigado a residência carioca da família real portuguesa...

Agentes de endemias de Meriti recebem novos equipamentos de trabalho

18/04/2024

A Secretaria de Saúde de Meriti realizou a entrega dos novos materiais de trabalho dos agentes de co...

Primeiro anuário Lixo Zero do Brasil é lançado em São Paulo

18/04/2024

No dia 10 de abril, São Paulo recebeu o fórum “A Nova Economia é Lixo Zero”, primeiro grande evento ...

Casa na Serra da Mantiqueira é exemplo de arquitetura sustentável

18/04/2024

A Serra da Mantiqueira é sinônimo de tranquilidade e conexão com a natureza. E é lá, mais especifica...

Nasa homenageia brasileiros por pesquisa de placas solares flexíveis

18/04/2024

Uma pesquisa realizada por alunos do curso de Engenharia Civil da Estácio Rio Grande do Sul sobre o ...

Índia vai subsidiar energia solar para 10 milhões de famílias

18/04/2024

Garantir energia limpa para uma população de cerca de mais de 1,4 bilhão de pessoas é um desafio gig...