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Especialistas apontam erros no combate ao sarampo no Rio

18/02/2020

Além da baixa cobertura vacinal e da facilidade de contágio do vírus, especialistas apontam falhas nas estratégias públicas de combate ao sarampo como uma das razões para o aumento de casos confirmados no Rio, no começo deste ano.
Uma das medidas mais prejudiciais, afirmam, foi a redução, a partir do ano passado, do aparato de saúde da família na capital, com demissões de pessoal e queda nos atendimentos. Na cidade do Rio, inclusive, circulam com frequência moradores das cidades-dormitório da Baixada, onde ocorreram o maior número de casos confirmados em 2019, segundo a Secretaria estadual de Saúde do Rio.
Cabe aos profissionais da saúde da família, por exemplo, a checagem regular da carteira de vacinação. É o agente de saúde comunitário que vai de casa em casa para avaliações periódicas.
— Quando a criança não é levada ao pediatra, é ele quem vai até lá e puxa a orelha — afirma Edimilson Migowski, professor de infectologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O vereador Paulo Pinheiro, da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores do Rio, lembra que a prefeitura da capital cortou 215 das 1.294 equipes de Saúde da Família no ano passado e demitiu 5 mil profissionais da área, 90% deles agentes comunitários.
As equipes foram idealizadas para contar com um médico, uma enfermeira, um técnico de enfermagem e entre quatro a seis agentes. Mas, segundo Pinheiro, 239 equipes não contam mais com médicos.
Cada grupo é responsável por atender a uma área com cerca de 4 mil pessoas. Com as demissões, a cobertura de saúde da família diminuiu de 70,6%, em 2018, para 51,2% dos cariocas, este ano, aponta o vereador.
A especialista em saúde pública Ligia Bahia, professora da UFRJ e colunista do Globo, também vê no “enfraquecimento” da saúde da família uma das principais causas do reaparecimento do sarampo. Uma unidade pública de saúde, enfatiza, além de atender pacientes, também é responsável pelo controle de doenças.
— Por isso, é importante que as unidades tenham estabilidade e contem com recursos para assistência e vigilância epidemiológica. É imprescindível conhecer os problemas das populações para realizar vigilância efetiva: saber quem foi e não vacinado, suspeitar da ocorrência de casos, proteger os contatos e investigar o diagnóstico — afirma.

A matéria na íntegra pode ser lida em O Globo

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