
21/11/2019
Cerca de 40 pesquisadores de todo país, reunidos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tentam traçar a rota das manchas de óleo que avançam a partir do litoral nordestino do país. O encontro, que terminou nesta quarta-feira (20), em São José dos Campos (SP), tem como objetivo abastecer com informações científicas o comitê de crise do governo federal, que direciona as ações contra o problema. O novo navio suspeito de provocar o desastre deve ser informado nesta quinta em audiência no Senado.
Paulo Nobre, coordenador do grupo de trabalho no Inpe, explicou que por meio de técnicas e a partir de respostas como há quanto o óleo flutua no mar e a origem das manchas, cruzadas com informações sobre o funcionamento das correntes no oceano, é possível afunilar as possibilidades sobre a causa do desastre ambiental e saber se ainda há óleo para chegar nas praias.
As hipóteses estão sendo simuladas pelos órgãos envolvidos na ação -o monitoramento feito com imagens de satélite não captou o óleo na superfície.
"É um óleo que está a 200 quilômetros? Que surgiu aqui ou próximo da África? É um óleo submarino ou de superfície. Todas são questões são palpitantes, que queremos saber e estamos envolvidos, conjuntamente, para responder", disse Nobre.
Uma outra dúvida que ainda não tem resposta é se o produto vazado no mar é óleo ou piche. Não há prazo para obtenção das respostas, mas a frente de trabalho estima que em até um mês possa responder as principais perguntas sobre o desastre.
"As informações serão oferecidas na forma em que elas forem descobertas. Estamos oferecendo todas informações que temos para o comitê de crise. Esse é um grupo de trabalho, um dos sete que abastecem esse comitê", afirmou Nobre.
O pesquisador sugeriu ainda que a atuação para conter o óleo crie um conhecimento que, a médio prazo, estabeleça o funcionamento de um sistema 24 de monitoramento e detecção de eventos ambientais no mar.
"Não para evitar novos acidentes, que podem acontecer, mas para as decorrências, para poder prevenir que possa ocorrer algum outro acidente, da classe deste, maiores ou menores, e a gente possa num espaço de tempo muito menor poder prevenir que o óleo chegue às nossas praias. Porque uma vez que chegou, o estrago está feito, aí a recuperação é muito lenta. Então a conclusão que chegamos hoje, das nossas discussões, é existe um conhecimento disponível para gerir essas informações, que está nas nossas instituições, institutos de pesquisa e universidades", concluiu.
Fonte: G1

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