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Pesquisa explora as riquezas da semente de açaí

13/08/2019

Foi ao receber uma visita de rotina no laboratório em que trabalha que Ayla Sant’Ana, já interessada em trabalhar com a flora amazônica, viu sua ideia começar a se concretizar. Na oportunidade, ainda em 2015, a pesquisadora do Laboratório de Biocatálise do Instituto Nacional de Tecnologia (Labic/INT) aproveitou para perguntar quais eram os maiores desafios em relação a resíduos da região e descobriu que 80% da semente de açaí era descartada no processo de produção e não tinha destino definido. Tendo trabalhado com biomassa da cana-de-açúcar no mestrado e no doutorado, Ayla contava com expertise na área, mas gostaria de trocar de objeto de estudo e passou então a se dedicar à composição da semente de açaí. Vencedora do Prêmio Capes de Tese, em 2014, na categoria Biotecnologia, e, naquela ocasião, em fase de estágio probatório no INT, a pesquisadora trocou a oportunidade de fazer um ano de pós-doutorado no exterior por recursos para sua nova pesquisa. “Essa foi a oportunidade que eu tive de me lançar em um novo tema. E então comecei a pesquisar e a entrar nessa área de resíduos amazônicos”, contou.
Para surpresa da bióloga, descobriu que aquilo que era descartado a toneladas, tinha em sua composição um alto conteúdo de uma substância chamada manana, geralmente encontrada em baixa quantidade na natureza, e com larga possibilidade de usos na indústria de alimentos e de cosméticos. “Na semente de açaí, 50% da massa seca é formada por manana e não existe registro, pelo menos nós não encontramos, de nenhum outro resíduo agroindustrial abundante que tenha uma quantidade de manana tão grande disponível na natureza. Então, o que hoje é considerado lixo e está simplesmente sendo queimado, nós vemos como algo extremamente valioso, com uma composição diferenciada,”, entusiasma-se Ayla.
De grande potencial, a pesquisa está em fase de conclusão da primeira etapa, relativa à identificação da composição química da semente. Uma das formas de descrever as suas propriedades, explica a pesquisadora, é decompor as moléculas de açúcar até sua unidade fundamental, que, no caso da manana, significa chegar até a manose. Esses açúcares, presentes em toda semente como reserva de energia, são necessários até que seja gerada a primeira folha e, a partir daí, a força para o crescimento e desenvolvimento passa a vir da fotossíntese. É nessa composição que está o potencial dessa semente. “Esses dois produtos têm um valor de mercado muito alto. Tanto a manose é utilizada diretamente como fármaco na indústria farmacêutica como pode ser uma molécula de partida para o desenvolvimento de várias outras moléculas de interesse”, conta Ayla.

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