13/06/2019
Oswaldo Lucon acompanha de perto o avanço da temperatura global há 25 anos. Desde a década de 1990, ele participa de estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão vinculado à ONU; em 2001, foi um dos fundadores do fórum brasileiro dedicado ao tema e, no mês passado, assumiu sua coordenação.
Liderar o comitê, composto por 131 membros do governo e da sociedade civil, é uma tarefa delicada. Seu antecessor, Alfredo Sirkis , denunciou a suposta falta de interesse do Ministério do Meio Ambiente em discutir os trabalhos do fórum. O titular da pasta, Ricardo Salles, cortou de seu organograma a Secretaria de Mudança do Clima e, depois, deu uma tesourada em 95% do orçamento destinado à área.
Em entrevista ao Globo, Lucon avalia que o governo federal deve se aproximar das negociações da Conferência do Clima e ressalta que priorizar a poluição das cidades — a agenda urbana, como define o ministério —, deixando o campo em segundo lugar, não livrará o país dos efeitos do aquecimento global.
Quais as funções do fórum?
É um espaço que fornece documentos e materiais que podem sugerir ao governo estratégias para enfrentar as mudanças climáticas. Por exemplo, ajudá-lo a estabelecer que metas o país pretende adotar para reduzir suas emissões de gases estufa, assim como propor ações para setores específicos, como o melhor uso de pastagens pela agropecuária. O fórum dá uma ideia dos custos e da eficácia de cada iniciativa.
O senhor impôs alguma condição ao ser convidado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para assumir a coordenação executiva?
Disse que continuaria reconhecendo as evidências científicas. Ciência não tem ideologia. Também pedi mais esforço para que o país execute alianças multilaterais, como o Acordo de Paris. Precisamos investir em ofensivas diplomáticas para limitar o aumento da temperatura global a até 2 graus Celsius. O planeta está indo em uma direção muito superior a esta.
A entrevista completa pode ser lida em O Globo
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