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Ilegal, e daí?: Poder público não freia obras ilegais nas ilhas da Barra, na Zona Oeste

19/02/2019

O crescimento desordenado nas ilhas que ficam na Lagoa da Tijuca, na Barra, tem colocado em risco a tranquilidade e a qualidade de vida de quem vive na região. Segundo moradores, nem a operação policial há seis meses que prendeu 12 pessoas, ligadas à milícia, na Ilha da Gigoia, freou as construções sem licença. E, apesar de muitas obras estarem embargadas pelo poder público, poucas são as vezes em que os operários de fato param o trabalho.
Uma equipe do Globo esteve na segunda-feira em oito construções, recém-concluídas ou ainda em andamento, sendo seis na Gigoia e duas na Ilha Primeira. Procurada, a Secretaria municipal de Infraestrutura e Habitação afirmou que todos esses endereços listados já receberam a notificação de embargo. Vizinhos dizem que, normalmente, os responsáveis pelos imóveis são ágeis em colocar pessoas morando no local, de forma a dificultar as demolições.
— Quando começa a morar gente, já era — afirma Eduardo Dias, o Tico, presidente da Associação de Moradores da Gigoia.
Na Gigoia, onde há cinco mil habitantes, Tico acredita que, no último ano, foram erguidas 15 construções irregulares. Já na Ilha Primeira, onde moram 1.200 pessoas, teriam surgido dez prédios sem licença, a maioria já embargada e com edital de demolição.
— A população aqui só cresce. E as principais consequências são os problemas com saneamento e lixo. Ano passado, a Cedae fez uma nova rede de água, mas não instalou os hidrômetros, e as casas não estão ligadas. Só 10% dos moradores têm água formal hoje. Quanto ao lixo, a Comlurb faz bem seu trabalho, mas o volume hoje é muito grande, então é difícil dar conta — explicou Tico.
Na Ilha Primeira, um caso na Rua Marina Ponta Leste simboliza bem o problema vivido na região. No número 9, um prédio de três andares em construção foi embargado pela prefeitura, que publicou até um edital de demolição. Até o Comando da Polícia Ambiental, da PM, esteve no local para averiguar a denúncia, o que gerou um termo circunstanciado na 16ª DP (Barra). Nada disso interrompeu a obra. Na segunda-feira, a construção estava a pleno vapor.
— O responsável já colocou algumas famílias morando lá. E, quando bate a fiscalização, eles fogem pelo prédio ao lado. Um horror! A gente não sabe quem são essas pessoas — contou uma moradora, que pediu para não se identificar. — A milícia acabou com a Gigoia e, agora, está fazendo o mesmo na Ilha Primeira.

Saiba mais em O Globo

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