14/06/2018
Um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, datado de 17 de maio, indica que a Cedae foi a responsável pelo despejo irregular de esgoto na Lagoa da Tijuca, pela tubulação do VillageMall, em fevereiro deste ano. O relatório faz parte do inquérito aberto na ocasião pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Até então, a principal suspeita era de que o shopping fosse responsável pelo vazamento.
Segundo o laudo, ficou constatado que o ponto de extravasamento do esgoto estava na Linha de Recalque da Cedae, a cerca de 60 metros da caneleta de drenagem do shopping, e acabou escoado pela tubulação do shopping. O superintendente do VillageMall, Gabriel Palumbo, diz que o perito do Carlos Éboli chegou à mesma conclusão que os técnicos contratados pelo shoping.
— Após recebermos a visita da DPMA, contratamos duas empresas tecnicamente habilitadas para verificarem a integridade das instalações do shopping. Naquele momento, pelos testes realizados e pelo volume de esgoto despejado, incompatível com o produzido pelo VillageMall, as circunstâncias já apontavam para outra fonte de despejo que não o shopping — explica Palumbo.
Na última quarta-feira, um representante da Cedae foi ouvido pela DPMA e apontou outra possível causa do vazamento de esgoto na lagoa: as obras de urbanização da Via Parque, que passa atrás do VillageMall. Após o depoimento, o delegado titular da DPMA, Antônio Ricardo Nunes, disse que há possibilidade de uma nova perícia no ponto do vazamento.
— Houve pavimentação asfáltica sobre uma linha de esgotamento sem que houvesse obras de infraestrutura adequada. Possivelmente solicitaremos um laudo complementar — informa.
Procurada pelo GLOBO-Barra, a Cedae afirma que, segundo uma análise preliminar de sua equipe técnica, o vazamento foi causado pelo deslocamento de solo argiloso na região, que teria sofrido alterações devido ao aumento do tráfego e à consequente sobrecarga do solo a partir das obras na Via Parque, com “a construção de pista e fundações rente à tubulação de esgoto e sobre o dispositivo de segurança do sistema já existentes no local”.
Responsável pela obra na Via Parque, a Secretaria municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação rebate dizendo que a intervenção terminou em fevereiro e, desde então, não houve relato de problemas. Segundo a pasta, “a cidade toda é pavimentada com centenas de tubulações por baixo que nunca romperam. Não faz sentido que o rompimento tenha sido causado pelo aumento do fluxo de automóveis”. Mesmo assim, promete enviar técnicos para avaliar a situação.
Fonte: O Globo
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