22/05/2018
Os buracos das ruas do Rio foram esquecidos pelas autoridades, apesar de a população fazer de tudo para que saiam de seu caminho. De acordo com um levantamento dos feitos pedidos à central 1746 entre janeiro de 2017 e abril deste ano, uma em cada três solicitações de reparos permanece em aberto. Além disso, 18% das demandas aguardam solução há pelo menos um ano. A maioria dos pedidos (10.800) é referente a buracos no asfalto. Há também requisições para fiscalização de crateras em calçadas (1.836), ciclovias (47), passagens de pedestres em túneis e viadutos (25) e na pista de túneis e viadutos (20).
— Toda hora alguém quebra uma roda nesses buracos — diz o borracheiro Luan Rodrigues, que estava tendo muito trabalho devido a crateras na descida do Túnel Noel Rosa, no Largo do Jacaré.
No entanto, após a passagem da equipe de reportagem pelo local, os buracos foram tapados pela Secretaria municipal de Conservação e Meio Ambiente. De acordo com o levantamento, a prefeitura atendeu a 24.177 pedidos para tapar buracos na cidade. Porém, outros 12.728 ainda aguardam solução. Desse total, 2.334 (18%) estão na lista de espera ao menos há um ano.
No bairro de Vargem Grande, há 142 pedidos para o fechamento de buracos não atendidos e 14.039 moradores. Isso significa que existe uma reclamação desse tipo sem solução para cada 99 habitantes do bairro. Já Campo Grande, tem o maior número de buracos a serem solucionados na cidade: são 1.669 pedidos ainda abertos. No local, há uma queixa para cada 197 habitantes. Uma dessas reclamações foi feita por Maria José Vicente, de 44 anos. Ela mora na Rua Sofia Mendonça, bem em frente a buraco que podia ser visto no mesmo local desde que o Google Maps fotografou a rua em 2015. Só após O GLOBO procurar a prefeitura, o buraco foi tapado.
— A prefeitura veio aqui no começo do ano passado e disse que não poderia consertar o buraco porque precisava primeiro limpar a galeria. Mas nunca mais voltou — conta a moradora.
A maior usina de asfalto da cidade, no Caju, ficou fechada entre dezembro de 2016 e março de 2018. Com capacidade de produção de 60 toneladas de asfalto por hora, ela é a maior das quatro que existem no município e também a mais moderna, inaugurada em 2013, a um custo de R$ 17 milhões. Desde o fim de 2016, no entanto, estava inoperante, devido a um impasse com o Ministério Público (MP) estadual, que questionava condicionantes ambientais da unidade.
Além do Caju, outras usinas de asfalto chegaram a fechar no ano passado e retomaram as atividade: as de Campo Grande (com capacidade de 55t/hora), Jacarepaguá (50t/hora) e Santa Cruz (50t/hora). Segundo a prefeitura, as três que realizam serviços de tapa-buraco estão funcionando. A Secretaria municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma) informou que investiu, em 2017, R$ 51,8 milhões para reparo de vias, e estima aumentar esse gasto para R$ 76,9 milhões este ano.
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