22/05/2018
A disputa era com girafas, leões e elefantes. Mas o pica-pau-amarelo, o cachorro-vinagre e a anta saíram-se vencedores e trouxeram para o Brasil os recursos do mais tradicional fundo verde internacional. Lançado hoje, o projeto Pró Espécies recebeu US$ 13,4 milhões (cerca de R$ 50 milhões) para combater a extinção da fauna e flora nacionais, uma rara boa notícia para o meio ambiente no país, que tem amargado perdas em unidades de conservação e investidas no Congresso contra o rigor no licenciamento ambiental e a segurança no controle de agrotóxicos.
O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) e resgata um ambientalismo “de raiz”. Já faz tempo que o GEF, criado por iniciativa do Banco Mundial, não patrocinava projetos com plantas e animais ameaçados no Brasil. A maior parte das iniciativas recentes tinha enfoque eminentemente social. A volta ao ambientalismo-raiz traz, na verdade, pragmatismo e modernidade. Ao proteger uma espécie, considera-se todo o ecossistema e os que dele dependem, o que inclui os seres humanos.
Não são apenas as andorinhas que sozinhas não fazem verão.
— Uma espécie não vive sem a paisagem. E esta não existe sem a espécie. É uma visão integrada, que usa espécies como símbolos — explica Rosa Lemos de Sá, CEO do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a agência implementadora dos recursos do GEF.
Ainda assim, não foi nada fácil convencer o GEF, que preferia colocar dinheiro na África para proteger a mais do que famosa fauna de leões, elefantes e companhia. Espécies totalmente brasileiras como o pica-pau-amarelo ganharam espaço porque estão na essência da biodiversidade, de que todo mundo já ouviu falar, mas que pouca gente conhece e o país desperdiça.
— Ao protegê-las, conserva-se o território e tudo o que ele inclui, como a água, o clima e os insetos polinizadores da agricultura, por exemplo — afirma Marília Marques Guimarães Marini, coordenadora geral de Conservação de Espécies do Ministério do Meio Ambiente, elaborador do projeto, que será executado pelo WWF-Brasil.
A matéria pode ser lida em O Globo
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