20/03/2018
A empresa produtora de material para construção Eternit e suas controladas entraram com pedido recuperação judicial em uma comarca da capital de São Paulo, em uma tentativa para preservar a continuidade de suas atividades em meio a restrições à produção de amianto, disse o grupo em fato relevante divulgado nesta terça-feira (20).
A empresa disse que as discussões legais sobre a extração, industrialização e utilização de amianto vêm impactando as operações do grupo, além de limitar o acesso da companhia a novas linhas de credito.
O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu no fim de novembro a extração, industrialização e comercialização do amianto variedade crisotila, produto largamente utilizado no país na fabricação de telhas e caixas d´água.
A empresa também citou a persistente deterioracão dos fundamentos da economia que afetaram "drasticamente os setores de construção civil e louças sanitárias, justamente os mercados atendidos pelo Grupo Eternit ".
Segundo o último balanço divulgado pela empresa encerrou o 3º trimestre de 2017 com uma dívida bruta de R$ 100 milhões.
Presente no Brasil desde 1940, a Eternit se anuncia como líder de mercado no segmento de coberturas, e nos últimos anos buscava diversificar suas fontes de renda, com atuação nos segmentos de louças, metais sanitários e soluções construtivas. Em 2010, a companhia adquiriu a Tégula, com atuação no segmento de coberturas de concreto.
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