08/02/2018
O lixo reciclável (papel, alumínio, plástico e vidro) gerado pelos foliões durante os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí vai virar fonte de renda para 53 pessoas, entre catadores de materiais, ajudantes e motoristas, divididos em dois turnos. Depois da coleta, o material será enviado às empresas que compram esses itens e os transformam em produtos que serão comercializados novamente.
Para ajudar no trabalho, cerca de 40 mil sacolas serão distribuídas no Sambódromo durante os cinco dias de desfiles. A campanha tem como objetivo atender às políticas nacional e municipal de resíduos sólidos. Nas embalagens constarão explicações sobre o correto descarte do lixo produzido durante o evento.
A ação, que será realizada pelo Movimento "Eu Sou Catador", conta com o patrocínio da rede Champion Fried Chicken e da Estre Ambiental, além de apoio da Liga das Escolas de Samba (Liesa), da Comlurb e da Riotur.
O ativista ambiental Tião Santos, conhecido pelo filme “Lixo Extraordinário”, do artista plástico Vik Muniz, indicado ao Oscar, vai coordenar o trabalho de educação ambiental que será feito com os foliões.
— A nossa expectativa é reciclar cerca de 45 toneladas de materiais, o que representaria uma redução de 35% dos resíduos gerados no Sambódromo — disse Tião Santos.
A logística do recolhimento do lixo durante o carnaval ficará a cargo da Comlurb. Porém, após a coleta, o material será encaminhado para uma área próximo ao Sambódromo e recebida por cooperativas vinculadas à Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho.
Fonte: O Globo
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