07/12/2017
Autores de diversas pesquisas sobre desenvolvimento regional receberam, na última terça-feira, 5, o Prêmio Celso Furtado, uma iniciativa do Centro Celso Furtado e do Ministério da Integração Nacional. O objetivo do prêmio, que está na quarta edição, é incentivar a elaboração e execução de planos que levem em conta potencialidades e realidades locais.
Pela primeira vez, a premiação contou com a participação formal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a presença da Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Profª. Adriana Maria Tonini, que compôs a mesa da cerimônia de premiação.
"O Prêmio visa promover a reflexão, do ponto de vista teórico e prático, sobre o desenvolvimento regional no Brasil e, assim, a participação do CNPq é muito pertinente com a sua missão, atuação e história. Desde sua fundação, na década de 1950, o CNPq tem se notabilizado por fomentar a pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento", reforçou a diretora. Adriana lembra que no tema ´desenvolvimento regional´, o CNPq tem entre seus bolsistas de produtividade alguns dos mais destacados pesquisadores brasileiros sobre o assunto e, ao longo dos anos, vem concedendo bolsas e auxílios à pesquisa nessa temática. "Além de possuir uma modalidade de bolsa, Desenvolvimento Científico Regional (DCR), com o foco de contribuir para a diminuição das desigualdades regionais por meio da fixação de pesquisadores experientes em regiões que carecem de maior desenvolvimento científico e tecnológico", completou.
O nome do prêmio, lançado em 2009, celebra um dos mais importantes pensadores brasileiros, Prof. Celso Furtado. Este importante pesquisador esteve vinculado a muitas instituições de ensino e pesquisa, sobretudo internacionais, e suas contribuições são fundamentais para o entendimento e superação do atual estágio de desenvolvimento do Brasil e da América Latina. Como gestor público, destacam-se, ainda, sua atuação na criação e como superintendente da SUDENE, onde trabalhou em prol do desenvolvimento regional, atentando ao desenvolvimento de sub-regiões extremamente empobrecidas e lutando pela minimização das diferenças entre as regiões Ao longo de sua história, o CNPq fez algumas parcerias com a SUDENE, especialmente por meio do Programa do Trópico Semi-Árido e do Prêmio Nordeste de Ciência e Tecnologia.
"A única maneira de reduzir o hiato da pobreza é o investimento em conhecimento, dos mais simples aos mais complexos", afirmou o secretário executivo da Integração Nacional, Márcio Ramos. Já o secretário do Desenvolvimento Regional do órgão, Marlon Cambraia, defendeu a incorporação dos conhecimentos às políticas públicas do país. Para que tal apropriação comece a ocorrer, os trabalhos serão disponibilizados na página do ministério na Internet.
A quarta edição do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional teve mais de 400 trabalhos inscritos em seis categorias: produção de conhecimento acadêmico; práticas exitosas de produção e gestão institucional; projetos inovadores para implantação no território; Amazônia - tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste - desenvolvimento para a faixa de fronteira; e Nordeste - inovação e sustentabilidade. O prêmio para o primeiro e o segundo colocados das seis categorias foi de R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
Primeiro lugar na principal categoria, a de Produção de Conhecimento Acadêmico, o servidor público e pesquisador Vitarque Lucas Paes Coelho disse que os prêmios "incentivam o sonho de fazer um Brasil melhor, com mais oportunidade de desenvolvimento em todo o país". Baseando-se nas teses do pensador e economista Celso Furtado, criador da Sudene, Coelho destacou que os brasileiros vivem em um território ¿imenso em suas desigualdades¿ e que é preciso fazer o país crescer. Para ele, "não é suficiente apenas o crescimento, mas sim o desenvolvimento", o que envolve progresso técnico, sustentabilidade e transformação.
Leia sobre no site do CNPq
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